29 novembro 2008

Morte ao Danúbio, coitado

Resolvi faz pouco dar uma relembrada em pequena parte das até então 988 postagens deste blog. Pois parei naquela que fala do Danúbio Azul (An der schönen blauen Donau op. 314), trilha do 2001, Umas Odisséia no Espaço. É porque lembrei do baile do Broto, faz cerca de um mês, em Venâncio. A banda contratada tocou o Danúbio e, como observei no local, destruiu com a música. Àquela hora tive pena do Johann Straus II, que se reviraria no caixão - soubesse onde fica a Sova, claro.
Pena eu não ser rico. O fosse, teria dinheiro para ouvir alguém decente tocar um som decente.

Recuerdos do Nordeste

Bom, aproveitei o tempo livre e finalmente postei algumas fotos da passagem pelo Nordeste. Estão nos posts a seguir.

Gurias em Viçosa do Ceará




Pé de americano


Intervalo para o americano


Praia do Amor, Maranhão


Auto-retrato na Praia do Amor, Maranhão


Atleta comendo


Candidato em Paulino Neves - Maranhão


Sindicato dos Arrumadores (reparem na placa)


Dois nativos de Jericoacoara


Concentración...

Sim, estou em casa nesta virada de sexta para sábado. Em concentração para a Copa Gordini, cujo apito inicial será daqui a nove horas.
Como bom jogador, vou tomando minha cervejinha.
Belga. Hoegaarden, recomendo.
É, não poderia mesmo ter sido jogador...

Eles sentiram fundo

A goleada na Bahia doeu na alma dos gremistas e no fígado de alguns jogadores. Com o intuito aparente de esquecer um resultado tão trágico como a goleada para o Vitória, os uruguaios Orteman e Morales, acompanhados do Réver, afogaram as mágoas na segunda à noite. O desânimo era tanto que eles chegaram a parar em um posto de combustíveis para comprar uma segunda leva de energéticos e misturar com a bebida escolhida. É de se compreender, né? Tomara que agora estejam se sentindo melhor.

27 novembro 2008

Tava devendo...


Fiquei de postar alguma coisa lá do Nordeste.
Esta foto foi tirada num fim de manhã em Tutóia, no Maranhão. Ao fundo, temos o Rio Parnaíba e um helicóptero, que não é meu.
PS: reparem no chinelão de dedo. São as havaianas do Ju.

26 novembro 2008

Wiwi reconhece

Da coluna do Wianey Carlet. Sai no fim de semana passado:

"Inconformado com a absolvição dos 10 torcedores indiciados pela queima dos banheiros químicos naquele Gre-Nal realizado no Beira-Rio, saí em busca de explicações para o fato que me parecia inexplicável.
O episódio acontecera à luz do dia, em um estádio de futebol, diante de milhares de pessoas e dezenas de câmeras de televisão. Como pôde a Justiça, em duas instâncias, concluir pela falta de provas para condenar os transgressores? Na edição de Zero Hora do próximo domingo, em matéria assinada pelos meus colegas Carlos Guilherme Ferreira e Diogo Olivier, tudo fica esclarecido."

Nota do blog: que bom que ficou tudo esclarecido. Ainda que eu tenha algumas dúvidas.

25 novembro 2008

Tremoço, faltam sete para uma efeméride

Abaixo eu falei sobre os posts sem comentários. Se bem que, pensando agora, lembrei que de certa forma o blog foi adaptado ao interesse dos leitores - ok, neste caso, das leitoras.
Prova disso, praticamente cortei os comentários sobre futebol, fora quando quem joga sou eu. Hoje é véspera da final da Copa Sul-Americana e não escrevi uma linha a respeito do Inter, bem como do fiascão do Grêmio no domingo.
Quem acompanhou o nascimento deste blog, lá em novembro de 2005...
Ops, novembro de 2005?
Três anos, portanto. Parece planejado, mas não é. Só me dei conta agora. E nem conferi o dia da estréia, outra hora faço isso.
Agora acabei de escrever o título do post. Meu pai até pode ajudar: impossível efeméride de cinco anos, né? Por via das dúvidas, coloquei que faltam sete.

****
Sim, este é um blog extremamente personalista. Eu me amo, afinal. Quem lê isso aqui há mais tempo sabe que já cansei de comentar como isto é importante.

Dúvidas

Os comentários sobre o que escrevi do filme Vicky Cristina Barcelona quebraram uma seqüência de 12 posts olimpicamente ignorados pelos meus leitores. Se não estou enganado, a série recorde era de 15 ou 16 posts.
No fim, não sei se isso é bom ou ruim. Gosto quando as pessoas comentam, mas sempre vale a pena ser bom em alguma coisa. Nem que seja nos posts sem comentários...

Mudança...

...de horário, pelo menos. A partir de hoje, trabalho mais cedo: começo meio-dia. Significa que saio igualmente mais cedo, com chance de pegar algum sol. Já é um começo.

Pré-Copa Gordini

Na última data-Fifa para amistosos antes da Copa Gordini, que será neste sábado, o time do Esporte/Foto registrou boa vitória sobre o Meião/Administrativo. Marquei duas vezes, ambas aproveitando a bola aérea – na segunda, recebi um passe de cabeça.
E consegui correr bem mais do que na semana passada. Hoje tem novo jogo, só que com times mistos. Vamos ver no que dá!

23 novembro 2008

Ó, esse vale a pena!

Tirei a noite pro cinema. Voltei faz pouco do Cinemark, onde assisti a Vicky Cristina Barcelona, do Woody Allen.
Compensou plenamente o dinheiro jogado fora com o Quantum of Solace, o novo e péssimo 007. Aliás, o Verissimo esta semana escreveu que o melhor deste filme é o título, apesar de ninguém saber o que significa – inclusive eu.
Bom, fica aqui a recomendação para que confiram o Vicky... Não vou chover no molhado e contar a história, mas vale a pena. Não só pelo beijo da Scarlett Johansson na Penélope Cruz, que eu achei até beeem comportado.

22 novembro 2008

Brasileirão em cartaz

Fiz isso faz duas semanas. Duas semanas, ok? Significa que tá desatualizado, sim.

O filme nosso de cada dia
A quatro rodadas do fim, o Brasileirão reserva diferentes tramas para seus participantes. Entre os sonhos de título e Libertadores, o marasmo da Sul-Americana e o temor do rebaixamento, é possível definir os momentos dos times baseado em filmes que passaram pelo cinema. Confira alguns exemplos:

São Paulo
Legalmente Loira
Os rivais, fulos da vida e loucos de inveja, falam maldades pelas costas. Mas a verdade é que o riquinho São Paulo terminará o ano com as melhores notas, como sempre. Ou seja: será campeão, gente!

Grêmio
Coração Valente
A cena dos jogadores batendo no peito após a vitória de domingo mostra que o time está para guerra e topa todas. Só o figurino calções/chuteiras/camiseta tricolor é que não combinou muito com o filme épico.

Flamengo
Missão Impossível
No Rio, ainda se fala em título, dada a distância de cinco pontos para o líder. Ou em Libertadores, graças ao ponto que o separa do G-4. Como tem pedreiras pela frente, porém, a missão soa quase impossível.

Palmeiras
Loucademia de Polícia
O goleiro Marcos enlouquecido na área adversária, ainda na metade do segundo tempo, rendeu um pito do comissário Luxemburgo. Falta organização _ e racionalidade _ ao Palmeiras, sem dúvida.

Inter
Sexto Sentido
Passou o segundo turno inteiro pensando que estava vivo na disputa por vaga na Libertadores. Assim como um dos protagonistas do filme, só no final descobriu que havia morrido faz tempo.

Atlético-MG
À Procura da Felicidade
Ele passou o ano todo sofrendo: esteve entre os rebaixados, ficou sem dinheiro, se envolveu em confusões e foi humilhado pelos outros. Jamais desistiu. E alcançou seu objetivo, o de assegurar a vaga na Série A.

Vasco
Closer _ Perto Demais
O título, óbvio, faz referência ao affair do Vasco com o rebaixamento. E não pára por aí: existe um intruso íntimo neste relacionamento, o Fluminense. Pode terminar em briga.

Portuguesa
Terminal
Trata-se de um time estrangeiro que jamais consegue sair do país_ jogar Libertadores ou Sul-Americana. Pior: em vez de ficar preso em um aeroporto, pode acabar em um terminal rodoviário, a Série B.

Figueirense
Ensaio Sobre a Cegueira
Título propício a mais de uma interpretação. Pode ser a cegueira dos jogadores, incapazes de produzir algo com a bola, ou da torcida, que prefere enxergar tudo em branco a ver 11 pernas-de-pau em campo.

Ipatinga
À Espera de um Milagre
Milagre, entenda-se aqui, significa escapar da Série B. Na lanterna e a seis pontos do Fluminense, 16º, o Ipatinga sabe que o Brasileirão já acabou. Melhor rezar.

História baseada em fatos reais

Quinta-feira, 20h. Marlos* chama seu irmão do meio, José*, no MSN. Propõe jantar fora, coisa que planejavam há dias e não levavam a cabo devido à incompatibilidade de horários. José aceita a proposta e fica combinado que Marlos o pegará às 21h30min no posto de combustíveis ao lado do apartamento.
Chegada a hora, José surge imponente com sua camisa de grife e adentra no Volkswagen de Marlos. O irmão mais velho pergunta se Zé tem alguma preferência de restaurante. Diante da negativa, sugere um local, o Bar do Neto*, famoso por picanhas bem fornidas acompanhadas de fritas, arroz e algo como R$ 180 em saladas. A conta sairia em torno de R$ 25 por pessoa.
Zé meneia os cabelos cuidadosamente penteados, cabeceia em sinal negativo, emite um grunhido e finaliza:
– Pois é...
Compreensivo ao irmão, nada afeito a saladas, Marlos pede então por opções. Novo "pois é", e Zé ouve que uma parrilha seria boa alternativa.
– Mas estava ruim na última vez – rebate.
Devido ao adiantado da hora, Marlos dá a partida no Volks, deixa o posto e toma uma avenida. No caminho, a muito custo convence o irmão sobre o Bar do Neto. Ainda escuta:
– Não é muito botecão?
Não era. Trata-se de um lugar adequado para uma refeição de quinta à noite. Instalada em uma mesa, a dupla passa a vistoriar o cardápio. Marlos simpatiza com a tal picanha acompanhada por arroz e fritas, enquanto Zé insinua incursão por filés, apesar da ojeriza aos molhos que eventualmente acompanham estes pratos. Na saída, talvez frustrado, revelaria desejo por um filé à parmegiana.
No fim, valeu a força da maturidade: picanha na mesa. Como praxe do local, a salada chega antes. De olho em uma boa saúde e proteção contra gripes e resfiados, Marlos ataca maionese, rúcula, alface, pepino e cenoura. Zé ignora o prato com medidas em torno de 35cm de comprimento e 15cm de altura e faz as honras da casa com um pedaço mínimo de cenoura. Apesar da aparente desfeita, dá mostras de que está com uma perna oca. Quando os seis bifes de picanha recaem à sua frente, porém, encarna um etíope faminto e não deixa pedra sobre pedra.
Perguntado ao final dos trabalhos se havia gostado da comida, Zé recorreu à sua habitual fleuma:
– É...
A dupla pede, então, a conta. Marlos alega que havia esquecido o dinheiro em casa, e Zé paga R$ 51 com o cartão. No retorno ao apartamento, cobra o irmão. Recebe R$ 20 porque Marlos não dispunha de nota de R$ 5. Injuriado, Zé sugere:
– Me dá uma nota de R$ 50 que eu te devolvo R$ 30...
O irmão não aceita a generosa oferta, e o jantar acaba custando mesmo R$ 20. Preço de uma noite para lá de agradável.

*Nomes fictícios

Lei seca!

A partir das 8h deste domingo, passa a vigorar por uma semana a Lei Seca. Vale para o consumo de bebidas alcoólicas e se estende pelo perímetro entre minha boca e meu fígado.
Motivo: preparação física intensiva para a Copa Gordini, um importante certame de futebol 7 programado para o próximo sábado.
Tenho vaga garantida na zaga central do time Esporte/Fotografia, então preciso estar à altura da responsabilidade. Logo mais, inclusive, alguns integrantes da equipe participarão de um amistoso. Outro está marcado para segunda-feira, contra o Administrativo/Meião. Os atletas da zh.com propuseram um jogo preparatório para quinta-feira à noite, mas meus colegas declinaram o convite. Temem alguma contusão a 48 horas da estréia.

PS: se o álcool está temporariamente cortado, o sexo segue liberado.

18 novembro 2008

Mais marasmo

O marasmo no blog é incrível. Devo estar passando por uma crise de inspiração.
E deste jeito não chego ao post 1.000, que está próximo...

13 novembro 2008

ZZZZZZZZZZ

Nunca imaginei que cochilaria durante um filme do 007. Foi segunda à tarde, quando assisti ao Quantum of Solace. Achei que o problema era comigo, mas olhei pro lado e tinha mais gente dormindo.
Bom, vocês já têm minha avaliação do filme.

Não dá mais

Acabei de ouvir em uma rádio de audiência maçica, em horário de audiência de pico:
- Se houverem erros...
Filho, os verbos haver e fazer, quando têm sentido de existir, são invariáveis. Leva isso para a vida e nunca mais ofende meus ouvidos, por favor!

09 novembro 2008

Cavalo paraguaio!

Bueno, como estive fora por nove dias, pouco acompanhei do Brasileirão. Mas consegui ver o jogo do Inter com o Boca tomando uns chopes num barzinho em Jericoacoara. Até a parte na qual eu lembro dos acontecimentos (BRINCADEIRA, BRINCADEIRA!!!), estava bom. O melhor, mesmo, foi uma faixa da torcida: "Grêmio cavalo paraguaio".
Impagável!

****
PS: E se algum mocó resolver reclamar que estou gozando dos gremistas, lembrem do filminho do Hitler alguns posts abaixo.

Normalidade

Voltei do Nordeste na sexta à noite, saí para Venâncio no sábado pela manhã e logo mais vou a Porto Alegre porque o domingo é de trabalho. Para quem gosta de rotina, é um prato cheio.

03 novembro 2008

Faltou...

Sim, no post abaixo faltam fotos em duas notas. Logo mais corrijo...

Do Ecomotion

Fiz este material pro jornal. Como não saiu...

Econotas _ Por dentro do Ecomotion

O episódio vaca, 1
Passava pouco das 19h de quinta em Itarema, município de 25 mil habitantes localizado ao norte do Ceará. Como era noite fechada, o motorista de um microônibus que transportava jornalistas para o Ecomotion não teve como ver uma vaca preta parada em meio à estrada. Seguiram-se aí momentos de pânico, com o veículo balançando após o choque que danificou sua parte frontal. Por sorte, o atropelamento não teve conseqüências mais graves do que a morte do animal. Mas obrigou outros três veículos do comboio da imprensa a retornarem cerca de 40 quilômetros para prestar socorro, o que atrasou a chegada a Jericoacoara para depois das 23h _ a saída de Fortaleza aconteceu às 16h.

O episódio vaca, 2
O atropelamento da vaca preta _sim, alguém fora o motorista conseguiu identificar a cor do animal no momento da batida _ dominou as conversas. Também causou estresse. Incomodados com a demora, três profissionais de televisão decidiram abandonar o comboio e cumprir os aproximadamente 50 quilômetros que faltavam para Jericoacoara por conta própria. Alugaram um táxi.

Pau-de-Arara
Sabe aquele ônibus aberto nas laterais, com teto de madeira e pelo menos 10 fileiras de bancos, igualmente de madeira, com capacidade para seis pessoas cada um? Este é o meio de transporte para chegar a Jericoacoara. Como não existe asfalto nos 20 quilômetros que ligam a praia à cidade de Jijoca, última parada no caminho de Fortaleza, os visitantes são obrigados a apelar para o transporte alternativo _ conhecido na região como Jardineira. Aos trancos (muitos, mesmo) e barrancos (de dunas), a Jardineira só divide a "estrada" com raras caminhonetas com tração 4x4.
Lula onipresente
Nascido em Pernambuco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desfruta de grande popularidade no Nordeste. Prova disso, não foram poucos os candidatos nas eleições que associaram a imagem à do presidente _ com ou sem permissão. Durante a viagem Fortaleza-Jericoacoara, foi possível ver dois cartazes de candidatos à prefeitos nos quais apareciam a foto do postulante ao cargo, seu vice e Lula _ em montagens grostescas com a foto oficial da Presidência.

Comida encapada
O binômio moscas-poeira se traduz em gasto extra para os donos de churrascarias e buffets no interior do Ceará, especialmente em beira de estrada: o celofane. É uma maneira inusitada para proteger a comida por aqui.

Bonde do Francisco
Aqui em Jericoacoara, quem vai à praia sempre escuta a proposta do Francisco, o adolescente de 16 anos da foto: anda de buggy pelas dunas. O atrativo é uma aventura inesquecível, garante, por dunas que chegam à altura de prédios de quatro ou cinco andares. No tempero, porém, vai muito sal: o passeio custa entre R$ 120 e R$ 140. Reflexo da presença de estrangeiros.

Jegues & barracos
A paisagem nordestina difere muito do que se vê no Rio Grande do Sul. A começar pelas casas bastante simples, a maioria de um andar e com uma rede estendida em algum cômodo. Há casos extremos, como a moradia de barro da foto tirada em Jericoacoara _ há pouco mais de 20 anos, um vilarejo de pescadores isolados do mundo. Não faltam também os jegues. A dupla da foto pastava à beira-mar.

01 novembro 2008

Uma palhinha do Nordeste

Quem ler o post abaixo deste vai entender melhor. De qualquer forma, ontem fiz algo inédito: bebi uma Xoxota na beira da praia, à noite. É, eu e mais um monte de gente.
Era docinha e tinha morango. Dentro e fora.

Longe

Não posto nada há dias por dois motivos:
1 - Preguiça;
2 - Tô desde quinta-feira no Nordeste para a cobertura do Campeonato Mundial de Corrida de Aventura, o Ecomotion. De Fortaleza fui a Jericoacoara, e hoje cedo viajei para Parnaíba, no Piauí. É de onde tô conseguindo postar com uma internet meio decente.

Bom, prometo fotos e boas histórias para depois, com mais calma. Só digo que tá valendo a pena, apesar de a função começar mesmo amanhã. Tô em meio a um batalhão de jornalisras. E tá muito quente.