– Já te falei. Desiste – afirmou Marie.
– Não vou desistir. Sou francesa e não desisto nunca! – retrucou Juliette.
– Mon amour, ele não quer saber de ti. Cai na real, sil vouz plaît – devolveu a amiga.
Juliette parou e pensou. Jovem, ávida por novas experiências, ela era a determinação em pessoa. Aceitar assim o "conselho" seria uma derrota intragável.
– Não, não e não! – gritou, dando indícios de desespero.
– Juliette, como você é tonta! Isso vai doer muito em você – atacou Marie, perdendo o que lhe restava de paciência.
Mas Juliette realmente não desistia nunca. Decidida, olhou para ele, que observava as duas de longe com um ar blasè, quem sabe rindo por dentro da situação. O que o animal estaria pensando?
A francesinha pagou para saber. E provou que Marie estava coberta de razão. Juliette voltou irritada e com uma ferida no braço, fruto de uma mordida. O cãozinho de rua não gostara da idéia de ter uma dona.
24 março 2006
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