Materinha

Essa matéria é minha e saiu esses dias no Pioneiro. Resolvi publicá-la aqui porque ficou diferente...


Serra Gaúcha. Inverno. Frio. Poucos amigos, ao menos na hora da chegada. Em um cenário destes, nada melhor do que a companhia da... mãe. Para o recém-contratado Fábio Ferreira, 21 anos, zagueiro do Juventude, será assim. Ele chegou ontem ao Alfredo Jaconi junto de Maria José, que fez questão de acompanhar o filho e ficará na cidade o quanto for necessário.
Ter a mãe ao lado será sinônimo de tranqüilidade, uma das palavrinhas mágicas no vocabulário dos jogadores. Abraçado em Maria José, que até arrumou a gola da jaqueta do rapaz para a foto, Fábio explicou:
- Você chega em casa e sabe que ela está esperando. Ela dá força, conselhos...
Mas a participação da mãe na vida do novo zagueiro do Ju não ficará apenas no apoio moral. Maria José irá a campo - ou melhor, à cozinha. Sim, ela cozinhará para o filho. Segundo Maria José, Fábio gosta de arroz, feijão, bife e salada.
- Acompanhei no Noroeste (clube pelo qual o jogador disputou o Paulistão). Agora, estou aqui - justificou a mãe, que tem residência em Diadema (SP) e pode até trazer uma filha de 13 anos, que está lá, para viver em Caxias do Sul.
Fábio começou no Palmeiras e tem vínculo com o Corinthians, que o havia emprestado ao Noroeste. Pela equipe de Bauru (SP), chamou a atenção do Juventude quando jogou contra o 15 de Novembro, pela Copa do Brasil. Naquela partida, o defensor fez até gol. Em princípio, ele deve ter condição legal para estar à disposição do técnico Hélio dos Anjos para o confronto de domingo, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, pela segunda rodada do Brasileirão.
Agora, entrar no time é outra história. Há nove dias treinando por conta própria, desde o fim do Paulistão, o jogador não sabe se teria condições de atuar por 90 minutos.
- A gente tem que mostrar trabalho a cada dia - afirmou Fábio, que promete não desanimar mesmo se estiver na reserva.