Talagaço em Bagé – parte 2
De cuspida em cuspida, Jango adentrou o galpão decidido. Mirou o pingo, ajeitou os arreios, cuspiu mais fumo e acendeu o palheiro.
– É hoje – comentou em tom alto, embora estivesse sozinho.
Guasca típico, o peão pitou como fazem os franceses e nem se deu ao trabalho de conferir os apetrechos. Tudo o que fosse necessário para a viagem estava à mão. Ou melhor, na guaica e nos alforjes. Chega de enrolar, pensou, antes de esbofetear e pingo – é assim que eles pegam no tranco – e deixar o galpão.
Seria uma longa noite de viagem até Bagé.
Comentário do crítico
Maísa von Schwendler, professora titular de Estudos Adjacentes da Universidade de São Paulo (USP):
"Do nada ao lugar nenhum. Lamentável. Um suposto capítulo de transição permeado de imponderabilidades com pitadas de ufanismo auto-utópico, traduzindo um tom de exaltação ao gauchismo por meio de um behaviorismo discutível. Carlos Guilherme é um autor – é um elogio de alto grado qualificá-lo assim – medíocre na completa acepção do termo. Pita como francês? Ora, faça-me o favor. Ele escreve com o fazem os mendigos."
11 junho 2007
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