A falta de sono deve despertar a criatividade. Escrevo este preâmbulo sem saber o que virá abaixo. Trata-se apenas de uma forma de pressão para arrancar algo decente. Fiquei na obrigação. Conto, crônica, poesia? Algo light ou arrasador? Ácido ou agridoce? Hard rock ou emo? Não, emo nunca. Azul ou vermelho? Azul também não. Quem sabe cerveja ou vodka? Aí duas coisas que aprecio, achei o ponto certo. Apesar de só ter bebido Coca e água.
E pior que dá uma vontade desgraçada de abrir com o nome do personagem. O primeiro que veio à cabeça foi Jesse, mas já o usei. Depois pensei em Jones (idem) e Zezinho, mas este é fraco demais. Preciso achar um começo diferente.
Vocês devem estar notando que vou fazendo a experiência de pensar em voz alta, por meio das teclas, sem volta ou delete. É por que ainda (ops, havia errado o porque, agora está certo) não cheguei à altura da idéia de um post criativo e espontâneo (até o momento, só atingi 50% do proposto). Na verdade, nem sei se conseguirei. Dei uns três bocejos nos últimos dois minutos, e não nego que tenha gostado da idéia – já é tarde, taí o horário do post no cantinho para provar que falo a verdade. Se alguém leu até aqui, parabéns, agüentou um troço autoral ao extremo. Tem gosto para tudo, eu sei. Se detestarem, os perdôo.
Eram três da tarde e o carro recém havia atravessado o sinal aberto. Uma sacola jazia no banco do passageiro. Daquelas comuns, de super. Seria óbvio demais descrever o que havia dentro, não fosse algo definitivo para o desenlace destas poucas linhas. Eis então que o condutor levou a mão esquerda à sacola e sacou uma garrafinha d'água. Desenroscou a tampa, bebericou e nem houve mais tempo antes de ser visto pelo guarda londrino. Multa, guincho e xadrez. Moral da história: era só água, mas acabou em cana.
Nota de rodapé: o título do post veio por penúltimo, antes desta nota. Agora vou dormir, porque prometi a mim mesmo ir à academia amanhã. Poderia ter feito melhor, mas o sono neste momento suplanta a autocrítica. Fui!
16 outubro 2007
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