Nos últimos dias gastei a maior parte do meu tempo no trabalho tratando das Farc e da libertação das reféns. Li e escrevi de tudo, mas ainda não falei o que eu acho sobre essa história. Lá vai.
Dizer que as Farc não são terroristas, como fez o Hugo Chávez, é afrontar a inteligência em geral e todas as vítimas. Significa que seqüestrar, assassinar, fazer atentados a carro-bomba, cobrar pedágio (não este nosso) e manter reféns acorrentados sob mira de fuzil não é terrorismo? Deve ser uma visão parecida com a dele, que pensa não ser ditador. Aí vão sustentar que ele é presidente eleito (verdade), mas basta ver o aparelhamento do estado e a propaganda em cima da própria imagem para ver como são as coisas – sem contar a tentativa de mudança da constituição para a reeleição ilimitada.
Nessa história toda acho que quem tem razão é o Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, que trata as Farc a bala. Essa história de acordo humanitário não resolve o problema, porque a guerrilha vai continuar armada e fazendo as mesmas coisas, mas com novos reféns.
Agora, tão estúpida quanto as declarações do Chávez é a posição do Brasil, que não reconhece as Farc como terroristas. São o que, então? Aliás, já que é esse o assunto, por que o governo não toma uma atitude e corta as asinhas do Chávez? Amarelou no confronto com o Evo Morales, presidente dum país que não tem onde cair morto, de tão pobre, e agora vê o Chávez deitar e rolar. Ele planeja investir bilhões no exército e nós, aqui, ficamos só olhando.
Falando sério, dá vergonha.
12 janeiro 2008
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