24 julho 2008

Sobre o jornalismo

Como existe gente burra no mundo. Gente tosca, defasada, alienada e contaminada por teorias conspiratórias.
Estes são os piores. Enxergam mania de perseguição a tudo e a todos e fazem disso uma válvula de escape para frustrações ou, na maioria dos casos, a própria incompetência. São invejosos.
Escrevo isso porque andei olhando blogs alheios: comecei clicando em um dos meus afilhados e fui de galho em galho, até chegar a gente desconhecida. Gente daqui, claro.
E achei blogs de "jornalistas" (as aspas são propositais) ou de candidatos a jornalistas, geralmente medíocres que se preocupam mais com o diretório acadêmico do que com o curso e, assim, levam a vida para terminá-lo. Pois essa gente gosta de criticar o trabalho dos outros e a imprensa em geral. Até aí, tudo bem, é um direito de todos. A questão é como fazê-lo: arrotar arrogância e se colocar como dono da verdade não soa bem, especialmente para quem nunca pisou em um jornal ou revista e só tem o conhecimento teórico. Aí, realmente, é barbada.
Não posso dizer que me diverti com as "análises" das matérias nos sites que eu visitei. Resumindo de forma crua, como falam merda! Incrível! No caso da Zero Hora, que é o jornal onde eu trabalho, colocaram o apelido de Zerolândia. Tudo bem, podem debochar. Como falei antes, é um direito.
A questão é saber se esses aí não vão acabar cedo ou tarde na Zerolândia, como aconteceu com alguns que queimavam o jornal na época da faculdade e hoje estão lá, firmes, curtindo o emprego. Bom, este é o caso dos que têm alguma competência profissional em meio à veia revolucionária.
Essa parte é a que eu gosto mais: a dos radicais cujo lema é o combate irrestrito a alguma coisa e que, quando chegam ao mundo real, ficam sem saída e jogam todos os ideais para o alto. Olha, eu nunca fui assim. E se tivesse sido, hoje morreria de vergonha.

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O post tá gigante, eu sei, mas ainda não terminei. Outra coisa que eu acho ridícula é teoria conspiratória. Tipo: Zero Hora e Folha de S. Paulo publicaram matérias sobre o mesmo tema dentro do Caso Dantas. Aí escreveram que os jornais estão na folha de pagamento dos caras. Putz, vai ser leviano assim no inferno. Claro que tem quem esteja comprado, mas daí a sair acusando a todos, no achômetro, é dose. Eu já fiz matérias de política e economia e nunca, juro, nunca me disseram para colocar algo ou retirar alguma coisa.
Isso é como acontece no Esporte, onde eu trabalho: os gremistas acham que favorecemos os colorados, e vice-versa. É como eu e meus colegas brincamos: chega todo dia, às 15h, e nos reunimos para ver como vamos foder o Inter/Grêmio na edição do dia seguinte. É que somos mal-intencionados com os dois times, só pode!
Sinceramente, às vezes jornalismo não é coisa nem para jornalista/estudante de Jornalismo. Deve ser para alguma entidade divina, superior, capaz de transitar nesta meleca de opiniões e obscurantismo em geral.
Pensando bem, não posso reclamar. Como já escrevi neste blog, se a Democracia não é perfeita, ainda é o melhor sistema que inventaram. Quem disse isso tem toda a razão.

2 comentários:

Gabriela Brito disse...

Quanta revolta e amargura neste coraçãozinho... :o) Acho que sei por onde andastes...
Beijo!

Anônimo disse...

Talvez eu saiba por onde tu andou tb. Acho que muitos concordam contigo, eu inclusive.
Um abraço,
DOUGLAS BORCHARDT
P.S.: Dedique três linhas, ao menos, para explicar o fiasco do último sábado.