27 janeiro 2009

Marcha lenta

Devagar, quase parando. Este é o espírito das férias.
Hoje foi um bom exemplo: acordei depois das 11h, almocei, tomei banho, fui ao banco pagar algumas contas e, na volta, sentei em uma cadeira acolchoada que tem na sala da casa aqui em Venâncio. Pois comecei a ler Os Irmãos Karamabloch (que é bom), mas parei no final do primeiro capítulo.
Bateu o sono, e não tive dúvidas: apaguei ali mesmo. Uma hora dormindo. Depois, beeem depois, ainda dei uma corridinha de 3 quilômetros, beeem na manha.
Morram de inveja do ócio e da preguiça.

23 janeiro 2009

Pedreirão

Tijolo lajota 19x19x19, milheiro: R$ 250
Argamassa Quartzolit 20kg: R$ 11,47
Ver a cunhadona saindo do banheiro enrolada na toalhinha azul para atender o celular: não tem preço!

Aliás...

...este ano parte das férias pode ser resumida em números e siglas: 52" HD, 1080p, HDMI, PS3. Não vou dizer que está ruim!

Retorno

Agora, sim, o blog está de volta. Graças a meu segundo dia de férias e ao fim das viagens intermináveis.

17 janeiro 2009

Parada forçada

Tinha prometido atualizar o blog e continuar o conto. Não deu. Na segunda à noite decidiram que eu subiria a Serra rumo a Bento Gonçalves cobrir as pré-temporadas de Inter e Grêmio.
Ao mesmo tempo.
Então, como podem deduzir, não sobrou muuito tempo para o blog.
Mas desço na terça, entro em férias na quarta e resolvo a situação.

12 janeiro 2009

Sim, o conto

Prometo pra logo a continuação do conto. É que passei a semana passada inteira viajando, então não deu pra continuá-lo. E não quero fazer porcaria...

04 janeiro 2009

Aliás...

...tenho a impressão de estar escrevendo sozinho nos últimos dias. Na sexta à noite perguntei ao Una, do blog Urtiga pra Salada, se o Urtiga tinha mesmo acabado. Ele disse que não tinha mais motivação para escrever pros outros. Eu rebati dizendo que escrevo pro próprio nariz, e ele não acreditou muito. Questão de ponto de vista. Fato é que meu blog, com ou seu audiência, continua funcionando. E isto faz um bem danado. Nem que seja para o próprio umbigo.

Novo conto

Sim, comecei o ano-novo com um conto. Sinal de que as trevas da meteorologia acabam na meteorologia.
Não esqueçam, antes do 2 tem o 1. Só rolar mais para baixo. Culpa do sistema do blog.

Ginsu - cap. 2

Minha faca pedia bis, é verdade. O que fazer? Atendê-la, ora. No meu caso, não mais do que unir o útil ao agradável. Parece blablablá de serial killer, mas nasci assim e quem não gostar que trate de se defender. Que culpa tenho de completar com louvor o esteriótipo do assassino em serie, aquele que além de maníaco é atraente, inteligente e bom de cama, não necessariamente nesta ordem?
Pois sou tudo isto. Quem duvida, que tire a prova, mas aviso que o desafio vale para as mulheres e que aquelas que o aceitarem não por aqui ficarão para contar a história. Vocês que bem prestaram atenção no primeiro capítulo do meu conto notaram que matei uma mulher, e que ela era feia. De cara, denota duas coisas: sou sangue-frio, mas democrático. Trepo com o que vier pela frente, contanto que os fins justifiquem os meios.
Meios, nestes casos, remetem ao estado no qual me encontro. Matar soa como sinfonia à minha alma, então nada mais justo do que supor certo alívio a esta altura. Sim, estou flanando pelas ruas em uma madruga um tanto gélida quanto aprazível. Em busca de outro corpo, sem dúvida, embora no meu caso seja impossível dar duas sem tirar –com a faca, neste caso.
Se o puteiro do começo da minha história era um necrotério, não posso antever nada diferente para o prédio do qual me aproximo, distante 200 metros do anterior – sim, pensei tudo isto em um raio de 150 metros, sinal da minha inteligência, atributo com toda a pinta de diferencial para o desfecho desta história, o qual soaria como inverossímil se contado a esta altura. Não o farei, fiquem tranquilos.
Pois dou de frente para a entrada, por sinal aberta. Nada da famosa luz vermelha, acredito eu acessório do baixo meretrício. Não que o estabelecimento escolhido seja de luxo ou minimamente arrumado. É normal, e nada mais. Mas sou obrigado a admitir que minha roupa, a qual citei anteriormente e quem não lembrar que corra atrás, dá certo status. Ou cara de arrumado. Um mulher mal imagina meus pensamentos quando me cumprimenta e convida para subir. Veste blusa branca combinada com short. Atravesso a porta, digo que aceito o convite e subo as escadas observando sua bunda, afinal, ninguém é de ferro.
Por sorte, os puteiros de classe média ainda não descobriram o detector de metais.

02 janeiro 2009

Ginsu - cap. 1

Pitar depois do sexo virou moda talvez pela consagração nas telas do cinema ou porque assim era há mais tempo, um tempo do qual não lembro pela simples explicação de ainda não ter nascido àquela altura. Fato é que o fumo barato e o isqueiro vagabundo combinavam, e como, com a espelunca na qual meu corpo jazia. Aliás, contam-se nos dedos as vezes em que jazer serviu tão bem como sinônimo para deitar, porque a cama de tão dura lembrava um caixão, e a mulher de tão feia remetia a um corpo, cadáver ou presunto. Não cabe aqui descrevê-la pela simples referência ao respeito que devemos aos menos favorecidos pela mãe natureza. Parece compaixão, e de fato a coisa anda mesmo por este caminho.
Bom, por alguns momentos acabei desviando do meu foco, que não é fumo, isqueiro, cinema, presunto, caixão ou sexo. Logo mais revelarei do que estou falando, talvez com linguagem acurada ou quem sabe pobre e recheada de chavões da linha de "estas maltrapilhas linhas". Não é meu objetivo, juro, muito menos enrolá-los, obtusos leitores.
Enfim, ia dizendo que jazia e pitava. Mas não contei que já havia colocado o terno, ajeitado a gravata, calçado os sapatos, afivelado o cinto da calça, conferido o troco antes de colocá-lo na carteira e, por fim, limpado a faca. Era hora de ir embora.
A passos nem tão rápidos que remetessem nervosismo, nem tão lerdos a ponto de sugerir deboche, como bem observou certa vez uma rainha cuja alcunha era louca, porém de louca não havia nada fora a nora e o filho babão, deixei a espelunca. Aqui vale sublinhar, espelunca é elogio quando poderia classificar o lugar como necrotério, pois estava deitado em um caixão e ao lado de um cadáver. E olha que nem sou de exageros: destas ilações todas, pelo menos uma parte é verdade. A do corpo.
Para ser bem sincero, um sentimento de culpa surgiu na minha cabeça uns cinquenta metros adiante do prostíbulo do qual recém havia saído. O conformismo, porém, veio a galope e varreu o remorso pelo simples argumento de que todo mundo transa com mulher feia. Os que as matam, estes sim, é que são poucos. Sorrindo, coloquei a mão no bolso do casaco e retirei a faca, que reluzia o reflexo das lâmpadas da iluminação da rua. Sei lá, parecia pedir bis.

Resoluções

A julgar pelo que ouço nas últimas horas, devo estar precisando criar uma conta no Orkut e arrumar uma namorada. Não necessariamente nesta ordem.
Acho que vou fazer melhor: colocar um perfil em algum daqueles sites que agendam encontros. Aí quem sabe eu encontro a tal da alma gêmea.
Aliás, cabe a pergunta: se eu tiver um filho com minha alma gêmea, não será incesto? A criança vai nascer toda torta, coitada.
Pensando bem, até segunda ordem (vinda de alguém, pau-mandado que sou) melhor manter as coisas como estão.