Se tem uma coisa que incomoda, e bastante, é esta cegueira quanto ao que acontece em Cuba. A referência é a quem apoia o regime, mas do lado de fora, claro. Gente que vibra com o que considera anti-imperialismo, com educação e saúde de primeira linha. E ignora o paredón, os racionamentos, a miséria, as tentativas de fuga. Veem Cuba de uma cadeira de praia na orla da Flórida. E jogam toda a culpa no embargo dos EUA.
Aconteceu de novo esta semana, com a morte de um ativista que fez greve de fome – justo quando o Lula apareceu por lá. O Lula, pra variar, disse que não era com ele, que não sabia de nada. Nosso gaúcho Marco Aurélio Garcia, assessor para Assuntos Internacionais, lembrou que "Há problemas de direitos humanos no mundo inteiro".
Aí, cobram o fim do embargo e não dizem uma palavra sobre fuzilamentos e perseguições políticas. Nem sobre o papel higiênico ser muito caro e, por isso, acabar substituído pelas edições de sexta do Gramna, o jornal oficial. Legítima imprensa marrom.
Buno, brabo é ter gente assim mandando AQUI. Podiam ser menos hipócritas. Assim como Cuba e o discurso de maravilha total. Se é tão bom, por que não liberam as pessoas para sair do país?
Só isso já é autoexplicativo.
Assim como essa política externa baseada em camaradagem com Chávez, Evo, Lugo e companhia. Usam nosso dinheiro para financiar populismo barato, ou era mesmo preciso renegociar os contratos de Itaipu com o Paraguai, para pagar mais?
Não enxergo benefício. Mas como nossa população também vê as coisas direto da Flórida, pela TV, acho que vamos seguir assim até sei lá quando.
26 fevereiro 2010
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