19 dezembro 2005

Boa notícia

A segunda-feira depois do Natal será folga pra mim. Então, viajo sábado pra Venâncio e volto pra Santa Maria na terça de manhã.
A má notícia: trabalho no dia 1º de janeiro. Não é novidade, mas é de se lamentar...

Nigerianos por aqui


Nesse tempo longe do blog, deixei passar uma matéria que eu fiz na sexta e saiu no jornal de sábado. É com dois nigerianos que estão em testes no Inter-SM. Legal que eles não falam português (só um, e muito pouco). Então, deu pra gastar o inglês. Acho que pra eles também foi uma boa, porque é difícil achar alguém que fale inglês por aqui.
Até falei direitinho... me surpreendi. Bem melhor do que quando eu estive na Inglaterra.
Abaixo, a matéria. Na foto, o Nonso tá à esquerda e o Stanley, à direita:


Um Inter-SM que fala inglês e francês
Os nigerianos Stanley e Nonso passam por testes no coloradinho. Antes mesmo de serem contratados, eles já falam em levar o clube à Série A do Gauchão
CARLOS GUILHERME FERREIRA

O Inter-SM está tentando de tudo para sair da Série B do Gauchão. Tudo mesmo: o último lance é a aposta em dois jogadores nigerianos, que estão em testes. Se aprovados, eles defenderão o coloradinho no ano que vem. Nonso Ezeugo e Stanley Osuji chegaram na terça-feira à Baixada, mas já assimilaram o discurso-padrão do clube, coisa que pode ser considerada um bom começo. - Nós queremos levá-lo para a divisão A - comentou Stanley, na sexta-feira.

A dupla nigeriana deve ter uma resposta sobre o futuro na Baixada em janeiro. Segundo o diretor de futebol do Inter-SM, Valdir Nunes dos Santos, não haveria problema em assinar contratos. Stanley e Nonso seriam refugiados protegidos pela Organização Não-Governamental (ONG) Caritas, e a situação no Brasil já estaria legalizada. Basta mostrarem intimidade com a bola, e o emprego no coloradinho será garantido.
Por enquanto, os nigerianos só treinam. O zagueiro Nonso fará 19 anos no dia 27 e defendeu o Nepa, da segunda divisão nigeriana, antes de vir para o Brasil, trazido por dois empresários. Stanley, 20 anos, é volante e começou no United, também da Segundona nigeriana. No ano passado, transferiu-se para o NMC, de Marrocos. Depois, veio parar em São Paulo, em julho deste ano. Logo após, Nonso chegou ao país.

Amigos de infância, os africanos passaram também pela seleção sub-17 da Nigéria. Mas não participaram de competições oficiais: apenas amistosos, contra Burkina Faso e Mali. No Brasil, eles ficaram em São Paulo. Conforme Nonso, jogaram pelo desconhecido Grêmio Espada de Ouro, de São Paulo. E vieram para Santa Maria por meio de indicações, contando também com o dedo do técnico colorado Edinho.

Admiradores do futebol brasileiro, os estrangeiros ainda estão se adaptando à vida por aqui. Até agora, não conhecem Santa Maria. Um passeio pela cidade está previsto para o feriado de Natal. As festas de fim de ano ocorrerão na concentração da Baixada, onde moram, bem longe dos parentes.
- Sentimos falta deles. Mas não tivemos escolha - afirmou Nonso.

Devido à dificuldade com a língua - só Nonso arranha o português, e "quando as pessoas falam devagar" -, os nigerianos são alvos de brincadeiras dos colegas de Inter-SM (apenas um ou dois entendem inglês). Mas eles levam na esportiva, enquanto esperam por aulas de português.

Novo recomeço

Poizé, finalmente voltei:
– à academia
– a escrever no blog
– a fazer compras no super (quase um rancho). Pra terem uma idéia, comprei um Ace (sabão em pó) e 6 maçãs
– a cortar xis, espetos corridos, bolachas e refris do meu cardápio
– a lavar roupa (é só um calção dentro de um balde com sabão em pó, mas é lavar)

Por quê? Porque tá na hora de entrar em forma de novo. Tirar a camisa e não passar vergonha (nunca passei, mas dá pra melhorar, né?). Até estabeleci uma meta pra cumprir até 15 de janeiro. Se eu conseguir, vou me dar um presente... e não é balança, como o meu pai sempre insunua...

15 dezembro 2005

Volta, parte 2

A volta ao trabalho deve significar também a volta à academia. Se realmente acontecer, será a legítima volta dos que não foram (ou não foi, no meu caso).

De volta

Ok, as férias acabaram. Volto hoje ao trabalho e já encaro a retrospectiva do esporte. Férias, de novo, só em JULHO!!!!!!!!!!

13 dezembro 2005

Continuação

Demorou um pouco, mas saiu a continuação do conto. Desta vez, não vou correr riscos dando prazo de novo. Mas garanto que o capítulo 5 é pra logo...

4

Ótima idéia a do plano B. Muito boa, muito boa mesmo, especialmente para quem não tinha plano A. Se era B ou A, pouco importava. O tempo corria e Jones, sentado, precisava de uma solução. Espremia os miolos, mas nada saía. De volta ao que restou da água, insistia em soluções mirabolantes entre um gole e outro. Olhando para a garrafa, tirou a primeira atitude, a mais primária possível: sair do local.
É, Jones não era homem de grandes sacadas. Aliás, fugir combinava com sua personalidade. Vivia fugindo. Dos compromissos, do horário e, agora, do trabalho. Uma nova fuga, então, pouco acrescentaria – a não ser o fato de que poderia ser a derradeira.
– Pensa, Jones, pensa – sussurava, enquanto colocava uma calça e vestia uma camiseta.
Enquanto calçava os tênis, decidiu para onde iria. Levantou-se, pegou carteira e juntou os cacos do celular. Ainda funcionava? Jones viu o cristal líquido aparentemente intacto, só que era preciso unir o telefone novamente. Dois pedaços não servem para nada. Felizmente, havia um encaixe. Feito isso, era arrumar a bateria e religá-lo. Tudo certo: telefone ok, sinal idem.
Jones colocou-ou no bolso e ouviu um bip. Sacou o celular, abriu o flip e conferiu: era exatamente o que esperava. Chamada na caixa, e da pessoa que o ameaçava.
– Sabia que o George iria tentar de novo – disse Jones, imaginando a raiva do interlocutor.
Dito isso, bateu a porta do apartamento, desceu rapidamente as escadas e chegou à rua. A pressa se justificava pelo nervosismo, e o nervosismo, pela iminência do pior. Ligeiramente bem arrumado, Jones até passaria por um universitário. Principalmente pela barba por fazer e pela cara de quem tomou hectolitros de cerveja na véspera. Tanto que uma senhora passou em frente ao prédio no momento em que Jones saía e, indignada, disparou:
– Devia ter tomado um engov antes e outro depois, rapaz.
Jones não respondeu. Ouviu quieto e engoliu em seco (e como a boca estava seca), envergonhado. Estava mais ligado para tentar antecipar os movimentos de George. Caminhava e pensava, caminhava e pensava. Se havia mandado que ele fosse buscar o trabalho, nada mais correto do que fugir de casa. Ele nunca vai me pegar, deduzia.
Nesse momento, Jones congelou o passo, levou as duas mãos à cabeça e gritou:
– Não!
Claro que faltava alguma coisa. O trabalho! Se iria entregá-lo a George, que fosse pronto! Inacabado, jamais! Isso seria altamente comprometedor. Se ao menos tivesse atirado o computador pela janela, ou feito uma faxina, estaria mais tranqüilo. Mas não: o álcool é inimigo dos neurônios.
Novamente desesperado, Jones girou e tomou o rumo de casa, agora correndo. Encarar George de frente era apenas uma possibilidade, ainda que Jones tivesse certeza de que isso era questão de minutos.

11 dezembro 2005

Ah

Ah, ia esquecendo: promete pra amanhã mais um capítulo do conto que eu tô escrevendo, o do Jones. Mais uma vez, só esclarecendo: não é autobiográfico...

Blog em férias

Como as poucas testemunhas que andam por aqui notaram, este blog também aderiu ao espírito de férias. Na linha do ócio total, não tenho feito nada de muito útil. Só ficar rateando o dia todo em casa, olhando filmes e jogando videogame com meu irmão. Ah, e namorando também, porque isso é importante (se eu disser que não, corro risco de vida).

Tenho 3 livros pra ler, mas tô tomando coragem. Acho que vou deixá-los pra quando voltar pra Santa Maria, na quinta. Hoje, ressuscitei meus livros de tiras do Garfield. Muito boas e bem mais inteligentes do que qualquer outras...

08 dezembro 2005

Registro

Para quem interessar possa, tô de férias até dia 14. Ócio total...

Que beleza

Olhem o nosso presidente recebendo o Corinthians. À direita dele, ao lado da taça, está o presidente do Corinthians, Alberto "1-0-0" Dualib (pra quem não lembra, um que foi flagrado comprando um jogo com o presidente do Atlético-PR, o Petraglia, por R$ 100 mil). Deu no Jornal Nacional, em 97, se eu não me engano. Mas eles não foram punidos...
Bem no canto, também à direita, o iraniano Kia Joorabchian. Ele é presidente da MSI, empresa que administra o futebol do Corinthians. O MP investigou a MSI, que gastou R$ 113 milhões em jogadores este ano, e descobriu "fortes indícios de lavagem de dinheiro".
E o Lula ainda recebe este tipo de gente no Planalto. Vai ver, ele não sabe nada sobre esses problemas. Ou acha que eles não fizeram nada demais, como o Zé Dirceu, Gushiken, Delúbio...

06 dezembro 2005

3

Jones emudeceu. De novo. Era demais para ele. A conversa estava desmascarando-o: além de covarde, era incompetente, porque não havia terminado a tarefa no prazo. Deadline, maldito deadline, cansou-se de repetir.
– Mas eu posso terminar – tentou, sabendo que era em vão.
– O prazo acabou. Acabou, porra! – gritou o interlocutor, dando mostras de que já havia perdido a paciência.
Constrangido, Jones preferia poder esconder-se debaixo da saia da mamãe. Seria mais seguro lá, convenhamos. Só que, àquela altura do campeonato, opções não eram mais permitidas. Era pegar ou largar. Pensar rápido para sair da fria. Ciente de que não tinha mais nada a perder, Jones entregou os pontos.
– Ok, não terminei. Qual o preço?
– Preço?
– É, o que acontecerá comigo?
– Contigo?
– É, comigo? É surdo? – reclamou Jones, sem paciência para entrar em joguinhos.
– Melhor surdo do que morto – retrucou o interlocutor, insinuando que tinha o controle da situação.
Será que tinha mesmo? A chance de Jones, o covarde e incompetente, era um velho problema que lhe assolava. Algo que atacava de tempos em tempos, involuntariamente, conforme a situação. Quanto pior, melhor.
– Vai pro inferno! – respondeu Jones, sem cerimônia.
O interlocutor, supostamente tão frio, perdeu a paciência. Deduziu que Jones ficara transtornado, mas também notou que ele próprio não era tão bom assim para manter o comando. E decidiu apelar.
– O prazo acabou! Entregue!
– Venha buscar. Se me achar, é claro – desafiou Jones, em um tom de voz de quem não venderia a própria sorte tão fácil assim.
O interlocutor ia responder, mas não teve tempo. Jones bateu o telefone e o jogou ao chão. Trêbado, sedento e desesperado, havia complicado mais ainda as coisas. Só agora concebia o que havia feito. E se culpava: maldito transtorno bipolar. Do pólo da euforia, raiva, ele agora voltava ao lado negativo, o da depressão. Vapt-vupt, sem avisos. Como ocorrera na conversa ao telefone. Era assim com todos que sofriam dessa doença? Jones sequer imaginava.
– Sou um cara morto – afirmou, alto, enquanto espremia os miolos para achar um plano B.

04 dezembro 2005

CBF e Globo

Outra lebre levantada pelo blog do Juca Kfouri: a notícia no site da CBF que dá o Corinthians como campeão foi publicada às 17h21min. E o jogo dele só acabou depois das 18h. Baita infelicidade...
Quem também deu uma baita barbeirada foi o Cléber Machado, antes do jogo do Inter. Ao falar da liminar que impedia a promulgação do campeão no domingo, ele disse que o Edilson CONFESSOU ter manipulado os 11 jogos (mentira, porque não há provas para os 11, e o juiz sequer disse isso). O narrador também falou que a decisão judicial era só da Justiça gaúcha (na verdade, a mando do STF, que escolheu Porto Alegre como foro).
Depois, na transmissão, ele forçou a barra pra dar o Corinthians como campeão. O cara torceu muito. Lamentável...

Como ficou

Pelo jogo de hoje, o Inter não merecia ganhar o Brasileirão. Faltou raça e futebol. Mas como houve outras 41 rodadas, ainda tem chance. Quem vai decidir é a Justiça. E logo, espero...

Passeio de fim de semana


Tava bom o findi. Vectra 2.4 Flexpower... top de linha.
Fui pra Venâncio com ele. É test-drive do jornal...

É hoje

A final é hoje, mas é difícil que saia o campeão. Sinceramente, não dá pra prever nada...

01 dezembro 2005

2

Jones permaneceu em silêncio, assim como seu interlocutor. Não há nada mais constrangedor do que ficar mudo ao telefone, sabia, mas era a melhor coisa possível naquele momento. O mínimo que esperava era uma explosão de fúria no outro lado da linha, cobrando a porra do deadline e o trabalho que estava por ser terminado – e bem longe do fim, diga-se de passagem.

Passaram-se 10, 20, 30 segundos naquele silêncio que parecia eterno. Tão longos segundos que fizeram Jones acostumar-se à situação. E tomar coragem. Uma última injeção de coragem correu por aquelas veias divididas entre o sangue e o álcool. Sou um homem, não um rato, tentou convencer-se. Já triunfante, pronunciou, cheio de segurança:
– Alô.
Não esperava resposta, e de onde não se espera nada é que não sai coisa nenhuma. Só que, desta vez, foi diferente.
– Jones... – sussurou o interlocutor.

Ah, como seria bom se ele tivesse ficado quieto, pensou Jones. Agora, era questão de tempo para entrarem no assunto. O começo do fim, o último telefonema de um homem, o juízo final, qualquer chavão servia para descrever a enrascada em que havia se metido. Ninguém mandou topar o que não se pode fazer. E ninguém mandou colocar a ambição acima da própria capacidade.

Agora, o preço estava sendo cobrado. Desesperado, Jones apelou:
– Não deu tempo. Mas eu posso terminar...
E ouviu justamente o que mais temia:
– Não pode. O tempo acabou.

Que futuro...

E o Parreira disse que o futuro do futebol é o esquema 4-6-0. Sinceramente, com um futuro desses, é melhor que venha logo o juízo final. Até jogo de damas será mais interessante...
Ah, e depois o Parreira acha ruim quando chamam ele de retranqueiro...

Curtindo o ar novo

Santa Maria da Boca do Forno, só fora do meu apartamento. Comprei na quarta de manhã um ar-condicionado. Queimei o 13º na brincadeira, mas não tinha mais jeito. E foi no impulso. Tava suando tanto que decidi: não dava mais pra adiar.
Ah, e isso ainda vai render pauta pro jornal. Na hora de procurar alguém pra instalar o aparelho, descobri que a agenda dos caras tá lotada. Eles tão trabalhando que nem loucos. E cobram R$ 120 pelo serviço completo.
Como vou usar o buraco da Silvana (dona do apê, ela levou o ar dela pra Porto Alegre), vai me custar uns R$ 30.

Duas em uma

Mais cassação do Dirceu. Ou melhor: motivos pra justificá-la.

1) O ACM se posicionou contra a cassação, ou seja: provavelmente trabalhou por isso. Sabe-se lá quando ele vai cobrar a conta, se é que já não cobrou. E qual seria o preço do apoio?

2) O Lula ligou pro Dirceu, antes da votação, e disse: "Estou contigo, amigo". A pergunta que fica é: por que não fez isso em público?

Pra fechar o caixão do ex-deputado: ele perdeu os direitos políticos por oito anos. Na prática, só poderá se candidatar em 2016. E eu queria estar na redação da Veja na hora da cassação... os caras devem ter estourado uma champanha...

293 a 192

Caiu o Zé Dirceu. Menos mal, porque se ele não fosse cassado, o Congresso ficaria ainda mais desmoralizado. E o cara pediu para votarem esquecendo a pessoa que ele é! Maior reconhecimento da própria arrogância, impossível...
E o próximo? Parece que é o João Paulo Cunha. Dizem que ele teria mais chances de escapar, porque se dá bem com o baixo clero, tratou-os bem quando foi presidente da Câmara. Tomara que se rale. Pegar R$ 50 mil do Marcos Valério pra pagar a locadora... Nem a Velhinha de Taubaté cai nessa!