Como o mundo do futebol é verdadeiramente um conto de fadas. O Inter está contratando o lateral Roque, 27 anos, do Paranavaí. Há pouco mais de um ano, o cara vivia na pior. Trabalhava de frentista e ganhava R$ 700. Ontem, reconheceu que contou com dinheiro da mãe para sobreviver.
Agora, fechou com o Inter por R$ 100 mil de luvas (pagamento no ato) e R$ 27 mil de salário. Lindo, não? Seria se o dinheiro realmente ficasse com o jogador. Ou ninguém enxerga o 171 neste negócio? Está na cara que, além do empresário, mais gente vai colocar a mão nestes R$ 27 mil. Eu tenho meu palpite.
E isso na mesma semana em que falam da crise financeira do clube, com dois balanços bem diferentes (o da direção e o da auditoria contratada). R$ 27 mil pra alguém que tem 27 anos e vem do Paranavaí. Não vai jogar, é fato!
É por este tipo de coisa que eu não consigo mais torcer como fazia quando era criança. Não dá, eu não sei separar as coisas. E aí vejo um monte de gente se descabelando por futebol. Fico até com pena, na boa!
15 maio 2007
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Um comentário:
É fácil ter pena e condenar os torcedores quando o seu time vai mal. Quero convidar o autor deste blog a ler o seu próprio post no dia do conquista do mundial pelo Inter, talvez não tenha sido com essas palavras, mas foi algo assim: "tenho passado os melhores dias da minha vida".
Esse papo de "eu não torço mais", "não ganho nada torcendo por esses times" não me convence.
Por mais que o nosso cérebro nos condene quando sofremos por nosso time, o emocional fala mais alto. É inexplicável, mas não conseguimos controlar.
Um abraço
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