28 junho 2007

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Treze Homens e Um Novo Segredo (tradução para Ocean's Thirteen) foi o programa da quarta à tarde. Sessão cheia no Cinemark, ingresso com meia-entrada e pipoca com muita manteiga (é bom comer sem culpa) completaram duas horas de diversão. Este é o resumo do filme.
Concordei com as críticas: o negócio não tem pretensão de ser cult ou obra de arte. Foi feito para divertir, e funciona. Para mim, está bom.

26 junho 2007

Vizinho

Falam que os jornalistas somos uma raça exótica. Ok, esse começo foi mesmo meio xarope, até me arrependi, mas estou com pressa e preguiça. Então, que o backpace vá pro inferno.
O que eu ia comentar era sobre as manias de alguns colegas de profissão. Reencontrei um deles em Santa Maria neste fim de semana. É o Deni, agora editor de Economia do Diário de Santa Maria.
Curioso é que ele tem o hábito de chamar os outros de jorge – só os homens, claro. Ele precisa de algo e vira para ti:
– Alcança a caneta, jorge.
Óbvio que ele pegou o apelido de Jorge. E tem mais: na hora de entrevistas, alguns usam senhor, senhora, tu, você, amigo etc. O Deni inovou:
– Será que a cotação do dólar continua caindo, vizinho?
Ou:
– Mas,vizinha, e essa questão dos juros altos?

Ouvi por aí

"Demora um tempão para liberarem estes papéis. É muita democracia."

Baco sou eu

Comentei um pouco abaixo que ontem foi aniversário da minha mãe. Como eu estava em Venâncio, saímos para jantar – só faltou o Dé, meu irmão que mora em Porto Alegre. Mas minha madrinha reforçou o time.
Azar dele, por que foi muito bom. Comida de primeira, bebida idem. Principalmente na parte do vinho. Meu pai escolheu o primeiro. Era bom, mas eu já havia bebido melhores (comprados por ele, registre-se). Então veio o desafio: que eu escolhesse o próximo.
Meu pai pediu a carta e já falou meio que me provocando para o garçom. Analisei e havia chilenos, argentinos, italianos e australianos. Gostei de um vinho australiano, coisa que ninguém na mesa havia bebido até então.
Em meio às risadas e ironias generalizadas, pedi. Moore Creeks é o nome, safra 2004. Provei e foi a glória: era muuuuuito superior ao primeiro, um chileno cujo nome já esqueci. Ficou meio chato para alguns, mas eu fui piedoso e logo trocamos de assunto.

Aí é dose

Não costumo dar esmolas, porque não vejo como solução: só faz o mendigo continuar pedindo, já que essa tática está funcionando. Agora, há exceções, e uma delas foi há pouco. Eu estava chegando no meu prédio e fui parado por um guri que mendiga na esquina. Sempre ali. Deve ter uns 14, 15 anos.
Hoje é dia de chuva, frio, enfim, um tempo do cão. E o guri veio perguntar se eu tinha um par de meia. Coitado, estava descalço e com os pés cheios de feridas na sola – a única coisa que ele tinha era um chinelo alguns números menores.
Bah, aí não dá para ser desalmado. Dei dois pares de meias que andavam encostados por aqui, mais um tênis de futsal já aposentado. Ele ia colocar direto nos pés, mas eu disse que pelo menos secasse um pouco antes. De nada ia adiantar molhar as meias direto.
Nem sei por que contei isso aqui. Não quero posar de bom samaritano nem nada, que fique bem entendido. Só escrevi por impulso. E acho que não vale a pena passar a borracha.

Voltando

O blog anda às moscas e já há protestos por uma suposta falta de atenção minha para com os leitores. Não é bem assim. Também passa longe de derrotas de domingo, como foi sugerido. É que andei longe (literalmente) nos últimos dias.
Sábado fui para Santa Maria rever os amigos. Valeu a pena e estava na hora, por que fazia um tempão que eu não aparecia por lá. Foi corrido, mas a sorte é que consegui a segunda-feira de folga. Casualmente era aniversário da minha mãe.
Só nesta terça à tarde é que voltei para Porto Alegre. Acabei de instalar meu novo monitor, um LCD de 15 polegadas. Até fiquei meio assim na hora de comprar, por que tem como marca Positivo (fabricante de computadores) escrito na carcaça. Um parêntese: foi presente de aniversário do meu pai. Agora, a surpresa: o computador indentifica o monitor como Samsung. Ótima notícia.

21 junho 2007

Provérbio chinês

Xi-Liu Min-Ga-Naran, monge budista da VI Dinastia:

"亞洲杯是看著 ,沒有觸及"

("La copa se mira, no se toca")

19 junho 2007

Zodíaco

Esqueci de dizer que vi Zodíaco, semana passada. Quase três horas de filme, e vale a pena. É o caso de um "cereal killer" em San Francisco, na virada da década de 60 para 70. Bons atores, bon enredo, boa direção. Eu nunca liguei o nome à pessoa, mas o diretor do Zodíaco, David Fincher, é o mesmo de Seven e Clube da Luta. Para quem gostou destes, é um bom sinal, ainda que não haja tanta violência, fora nos assassinatos. Bom, eu recomendo.
À esquerda, uma das cartas enviadas pelo assassino. Deve ser a reprodução do filme, mas o conteúdo é o original.
Se alguém estiver com dificuldade para ler, é só clicar na imagem.

Bola 7

Ontem à noite eu estava mexendo numa das paginadoras do jornal. Abri o programa e fui procurar a minha página, aquela que eu iria editar. Isso é feito abrindo pastas até chegar ao local onde está a página. E não é que a última pessoa a usar aquele computador estava editando obituário? Vi gente como ACM, Fidel Castro, entre outros. São páginas pré-prontas: é só o cara ir para o saco, dar uma atualizada e está feito.
Agora, curioso mesmo foi o nome do diretório dos obituários no sistema. Queria saber quem foi o gênio que o nomeou como Bola 7.

18 junho 2007

Resposta a um comentário

Meu amigo Douglas viu futebol no poema da última semana de poesia. Eu digo que aquilo é só poesia, cultura, não tem nada a ver com futebol, a não ser que ele tenha enxergado alguma mensagem subliminar – eu não vi nada.
Tudo bem que o comentário do crítico pouco levantou a minha bola, mas garanto que não vou desanimar com esse tipo de opinião. Vou continuar fazendo poesias, contos etc até cansar.

14 junho 2007

Semana de poesia – 3

Poema Vicente

Boca torta
Boca choca
Boca rola
Boca molha
Boca chula
Boca tua
Boca mano
Boca tuta
Boca patrícia
Boca china
Boca morta?
Boca viva
Boca nipônica

Comentário do crítico
Sandro Bahiano, curador do museu de traumatologia do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre:

"Trata-se de um trabalho com predominança dissílaba, composto por referências de origem desconhecida. Talvez sejem devaneios do autor, mas confesso estar longe de captar a plenitude desta simbologia. Carlos Guilerme, outrossim, se mostrou-se previsível como só o futuro o é."

13 junho 2007

Calendário

Depois do dia dos namorados, veio o dia de Santo Antônio. Parece até que são datas casadas.

12 junho 2007

Sozinho e tranqüilo

Como é de conhecimento geral da nação (cacofonia de manual, desta vez não quis evitá-la), passei o dia dos namorados sozinho. E tranqüilo. Namoro é coisa que não se planeja, é mais um negócio para centroavante, de esperar a hora certa e empurrar para o gol. Se for por esse contexto, os cruzamentos têm chegado com defeito ou eu não sei aproveitá-los – ou será que faço corpo-mole?
Bom, minha ceia esta noite foi espetacular: um pacote de Trakinas de chocolate e uma latinha de Soda Limonada, comprados em um posto de gasolina. Não é o ideal, reconheço, ainda que eu não dê muita bola para a data.
Mas curioso foi o humor de uma colega aqui do jornal. Normalmente ela já é azedinha. Hoje, estava acima da média. Acho que foi alguma alguma variação da TPM causada pela data. Sabem como é, mulher nasce, cresce e vive para casar. São raras as exceções.

11 junho 2007

Para constar

Apostei com um amigo R$ 10 que o Grêmio ganha do Boca. Ele jogou R$ 10 com outro amigo que o Grêmio vence. E, com este amigo, eu coloquei R$ 10 na vitória do Boca. Coisa boa apostar assim!

PS1: joguei R$ 10 no Grêmio contra um cara que sempre ganha apostas, rifas, sorteios e afins.
PS2: é o último post sobre futebol neste blog. Aconteça o que acontecer.

Semana de poesia – 2

Deixa estar

Deixa estar
meu olhar no seu
teus lábios nos meus
meus sonhos nos teus
teus ombros nos meus
meu gesto de adeus
a deus reservou
bombom e refri
guardados para ti?

Comentário do crítico
Paulen Renkees, Phd em pirologia e autora de "Portas Flambadas":

"Certo que Carlos Guilherme se deixou contaminar pelo clima de romantismo do Dia dos Namorados. Fez um poema intimista, usou um eu-lírico apaixonado e me fez rir com um final dócil e inocente. A gente gosta de caras que nos divertem. Eu dou 9 para ele. E quero lê-lo sempre."

Semana de contos – 2

Talagaço em Bagé – parte 2
De cuspida em cuspida, Jango adentrou o galpão decidido. Mirou o pingo, ajeitou os arreios, cuspiu mais fumo e acendeu o palheiro.
– É hoje – comentou em tom alto, embora estivesse sozinho.
Guasca típico, o peão pitou como fazem os franceses e nem se deu ao trabalho de conferir os apetrechos. Tudo o que fosse necessário para a viagem estava à mão. Ou melhor, na guaica e nos alforjes. Chega de enrolar, pensou, antes de esbofetear e pingo – é assim que eles pegam no tranco – e deixar o galpão.
Seria uma longa noite de viagem até Bagé.

Comentário do crítico
Maísa von Schwendler, professora titular de Estudos Adjacentes da Universidade de São Paulo (USP):

"Do nada ao lugar nenhum. Lamentável. Um suposto capítulo de transição permeado de imponderabilidades com pitadas de ufanismo auto-utópico, traduzindo um tom de exaltação ao gauchismo por meio de um behaviorismo discutível. Carlos Guilherme é um autor – é um elogio de alto grado qualificá-lo assim – medíocre na completa acepção do termo. Pita como francês? Ora, faça-me o favor. Ele escreve com o fazem os mendigos."

E se...

... o Lewis Hamilton fosse brasileiro? O que estaria dizendo a essa altura o Galvão? Gênio, no mínimo. E o chamaria de "Luizinho" Hamilton, por que o homem adora um diminutivo para os pilotos da casa.

06 junho 2007

Para constar

Neste momento, é muito grande a vontade de comer, ou melhor, destroçar um churrasco.

05 junho 2007

Finalmente

Agora ando em processo de expansão dos afilhados do blog. Hora de tirar a preguiça do corpo, tomar vergonha na cara e colocar links dos amigos. Está quase tudo à esquerda.

04 junho 2007

Semana de Contos – 1

Talagaço em Bagé – parte 1
Jango guardou o Trezoitaço. Antes que alguém pense mal, não se trata da cena de um crime. Um tanto orgulhoso do próprio calibre, sempre gostou de apelidos. Ou apodos, como dizem os castelhanos. Peão em Dom Pedrito, Jango usou a arma para um ato primário. De pé, em meio ao campo, fez o serviço com urgência e exprimiu satisfação com um leve sorriso ao finalizá-lo. Olhou para baixo, conferiu, sim, tudo em ordem, e ajeitou a bombacha. Uma ovelha branca pairava cerca, acuada. Jango fitou-a fundo, rosnou-lhe alguns xingamentos campeiros aos quais não cabe aqui reproduzir, apertou a guaiaca, ensaiou o passo e emendou, com a voz grave e acentuada do homem rude da Fronteira:
– Não tem nada melhor do que mijar nos bichos.
E rumou para o galpão, cuspindo o fumo do palheiro que se avizinha.

Comentário do crítico
Nuno Saint-Tropez, crítico de literatura do jornal A Doidivana, de Pelotas-RS:

"Gente, não sei o porquê desta opção pela rudeza. O autor pode explorar traços elementares do gauchismo, como pernas fortes e peitos definidos, mas parte para um caminho pseudo-erótico. Quase pensei que a ovelhinha, sortuda, tinha virado caldo. Carlos Guilherme nos deve essa. Quem sabe no próximo capítulo?"

02 junho 2007

Que fase!

Quando a fase é boa tudo acaba sendo mesmo uma maravilha. Depois de estar sem carro por mais de duas semanas (e a previsão tem mais outras duas), agora fiquei sem boca. Já faz uns três dias que uma amigdalite me atacou. Mal consigo comer, porque vieram junto aftas, febre e cisos brotando. Minha boca virou uma couve-flor.
O lado bom é que devo ter emagrecido um pouco.