A segunda-feira depois do Natal será folga pra mim. Então, viajo sábado pra Venâncio e volto pra Santa Maria na terça de manhã.
A má notícia: trabalho no dia 1º de janeiro. Não é novidade, mas é de se lamentar...
19 dezembro 2005
Nigerianos por aqui
Nesse tempo longe do blog, deixei passar uma matéria que eu fiz na sexta e saiu no jornal de sábado. É com dois nigerianos que estão em testes no Inter-SM. Legal que eles não falam português (só um, e muito pouco). Então, deu pra gastar o inglês. Acho que pra eles também foi uma boa, porque é difícil achar alguém que fale inglês por aqui.
Até falei direitinho... me surpreendi. Bem melhor do que quando eu estive na Inglaterra.
Abaixo, a matéria. Na foto, o Nonso tá à esquerda e o Stanley, à direita:
Um Inter-SM que fala inglês e francês
Os nigerianos Stanley e Nonso passam por testes no coloradinho. Antes mesmo de serem contratados, eles já falam em levar o clube à Série A do Gauchão
CARLOS GUILHERME FERREIRA
O Inter-SM está tentando de tudo para sair da Série B do Gauchão. Tudo mesmo: o último lance é a aposta em dois jogadores nigerianos, que estão em testes. Se aprovados, eles defenderão o coloradinho no ano que vem. Nonso Ezeugo e Stanley Osuji chegaram na terça-feira à Baixada, mas já assimilaram o discurso-padrão do clube, coisa que pode ser considerada um bom começo. - Nós queremos levá-lo para a divisão A - comentou Stanley, na sexta-feira.
A dupla nigeriana deve ter uma resposta sobre o futuro na Baixada em janeiro. Segundo o diretor de futebol do Inter-SM, Valdir Nunes dos Santos, não haveria problema em assinar contratos. Stanley e Nonso seriam refugiados protegidos pela Organização Não-Governamental (ONG) Caritas, e a situação no Brasil já estaria legalizada. Basta mostrarem intimidade com a bola, e o emprego no coloradinho será garantido.
Por enquanto, os nigerianos só treinam. O zagueiro Nonso fará 19 anos no dia 27 e defendeu o Nepa, da segunda divisão nigeriana, antes de vir para o Brasil, trazido por dois empresários. Stanley, 20 anos, é volante e começou no United, também da Segundona nigeriana. No ano passado, transferiu-se para o NMC, de Marrocos. Depois, veio parar em São Paulo, em julho deste ano. Logo após, Nonso chegou ao país.
Amigos de infância, os africanos passaram também pela seleção sub-17 da Nigéria. Mas não participaram de competições oficiais: apenas amistosos, contra Burkina Faso e Mali. No Brasil, eles ficaram em São Paulo. Conforme Nonso, jogaram pelo desconhecido Grêmio Espada de Ouro, de São Paulo. E vieram para Santa Maria por meio de indicações, contando também com o dedo do técnico colorado Edinho.
Admiradores do futebol brasileiro, os estrangeiros ainda estão se adaptando à vida por aqui. Até agora, não conhecem Santa Maria. Um passeio pela cidade está previsto para o feriado de Natal. As festas de fim de ano ocorrerão na concentração da Baixada, onde moram, bem longe dos parentes.
- Sentimos falta deles. Mas não tivemos escolha - afirmou Nonso.
Devido à dificuldade com a língua - só Nonso arranha o português, e "quando as pessoas falam devagar" -, os nigerianos são alvos de brincadeiras dos colegas de Inter-SM (apenas um ou dois entendem inglês). Mas eles levam na esportiva, enquanto esperam por aulas de português.
Novo recomeço
Poizé, finalmente voltei:
– à academia
– a escrever no blog
– a fazer compras no super (quase um rancho). Pra terem uma idéia, comprei um Ace (sabão em pó) e 6 maçãs
– a cortar xis, espetos corridos, bolachas e refris do meu cardápio
– a lavar roupa (é só um calção dentro de um balde com sabão em pó, mas é lavar)
Por quê? Porque tá na hora de entrar em forma de novo. Tirar a camisa e não passar vergonha (nunca passei, mas dá pra melhorar, né?). Até estabeleci uma meta pra cumprir até 15 de janeiro. Se eu conseguir, vou me dar um presente... e não é balança, como o meu pai sempre insunua...
– à academia
– a escrever no blog
– a fazer compras no super (quase um rancho). Pra terem uma idéia, comprei um Ace (sabão em pó) e 6 maçãs
– a cortar xis, espetos corridos, bolachas e refris do meu cardápio
– a lavar roupa (é só um calção dentro de um balde com sabão em pó, mas é lavar)
Por quê? Porque tá na hora de entrar em forma de novo. Tirar a camisa e não passar vergonha (nunca passei, mas dá pra melhorar, né?). Até estabeleci uma meta pra cumprir até 15 de janeiro. Se eu conseguir, vou me dar um presente... e não é balança, como o meu pai sempre insunua...
15 dezembro 2005
Volta, parte 2
A volta ao trabalho deve significar também a volta à academia. Se realmente acontecer, será a legítima volta dos que não foram (ou não foi, no meu caso).
De volta
Ok, as férias acabaram. Volto hoje ao trabalho e já encaro a retrospectiva do esporte. Férias, de novo, só em JULHO!!!!!!!!!!
13 dezembro 2005
Continuação
Demorou um pouco, mas saiu a continuação do conto. Desta vez, não vou correr riscos dando prazo de novo. Mas garanto que o capítulo 5 é pra logo...
4
Ótima idéia a do plano B. Muito boa, muito boa mesmo, especialmente para quem não tinha plano A. Se era B ou A, pouco importava. O tempo corria e Jones, sentado, precisava de uma solução. Espremia os miolos, mas nada saía. De volta ao que restou da água, insistia em soluções mirabolantes entre um gole e outro. Olhando para a garrafa, tirou a primeira atitude, a mais primária possível: sair do local.
É, Jones não era homem de grandes sacadas. Aliás, fugir combinava com sua personalidade. Vivia fugindo. Dos compromissos, do horário e, agora, do trabalho. Uma nova fuga, então, pouco acrescentaria – a não ser o fato de que poderia ser a derradeira.
– Pensa, Jones, pensa – sussurava, enquanto colocava uma calça e vestia uma camiseta.
Enquanto calçava os tênis, decidiu para onde iria. Levantou-se, pegou carteira e juntou os cacos do celular. Ainda funcionava? Jones viu o cristal líquido aparentemente intacto, só que era preciso unir o telefone novamente. Dois pedaços não servem para nada. Felizmente, havia um encaixe. Feito isso, era arrumar a bateria e religá-lo. Tudo certo: telefone ok, sinal idem.
Jones colocou-ou no bolso e ouviu um bip. Sacou o celular, abriu o flip e conferiu: era exatamente o que esperava. Chamada na caixa, e da pessoa que o ameaçava.
– Sabia que o George iria tentar de novo – disse Jones, imaginando a raiva do interlocutor.
Dito isso, bateu a porta do apartamento, desceu rapidamente as escadas e chegou à rua. A pressa se justificava pelo nervosismo, e o nervosismo, pela iminência do pior. Ligeiramente bem arrumado, Jones até passaria por um universitário. Principalmente pela barba por fazer e pela cara de quem tomou hectolitros de cerveja na véspera. Tanto que uma senhora passou em frente ao prédio no momento em que Jones saía e, indignada, disparou:
– Devia ter tomado um engov antes e outro depois, rapaz.
Jones não respondeu. Ouviu quieto e engoliu em seco (e como a boca estava seca), envergonhado. Estava mais ligado para tentar antecipar os movimentos de George. Caminhava e pensava, caminhava e pensava. Se havia mandado que ele fosse buscar o trabalho, nada mais correto do que fugir de casa. Ele nunca vai me pegar, deduzia.
Nesse momento, Jones congelou o passo, levou as duas mãos à cabeça e gritou:
– Não!
Claro que faltava alguma coisa. O trabalho! Se iria entregá-lo a George, que fosse pronto! Inacabado, jamais! Isso seria altamente comprometedor. Se ao menos tivesse atirado o computador pela janela, ou feito uma faxina, estaria mais tranqüilo. Mas não: o álcool é inimigo dos neurônios.
Novamente desesperado, Jones girou e tomou o rumo de casa, agora correndo. Encarar George de frente era apenas uma possibilidade, ainda que Jones tivesse certeza de que isso era questão de minutos.
É, Jones não era homem de grandes sacadas. Aliás, fugir combinava com sua personalidade. Vivia fugindo. Dos compromissos, do horário e, agora, do trabalho. Uma nova fuga, então, pouco acrescentaria – a não ser o fato de que poderia ser a derradeira.
– Pensa, Jones, pensa – sussurava, enquanto colocava uma calça e vestia uma camiseta.
Enquanto calçava os tênis, decidiu para onde iria. Levantou-se, pegou carteira e juntou os cacos do celular. Ainda funcionava? Jones viu o cristal líquido aparentemente intacto, só que era preciso unir o telefone novamente. Dois pedaços não servem para nada. Felizmente, havia um encaixe. Feito isso, era arrumar a bateria e religá-lo. Tudo certo: telefone ok, sinal idem.
Jones colocou-ou no bolso e ouviu um bip. Sacou o celular, abriu o flip e conferiu: era exatamente o que esperava. Chamada na caixa, e da pessoa que o ameaçava.
– Sabia que o George iria tentar de novo – disse Jones, imaginando a raiva do interlocutor.
Dito isso, bateu a porta do apartamento, desceu rapidamente as escadas e chegou à rua. A pressa se justificava pelo nervosismo, e o nervosismo, pela iminência do pior. Ligeiramente bem arrumado, Jones até passaria por um universitário. Principalmente pela barba por fazer e pela cara de quem tomou hectolitros de cerveja na véspera. Tanto que uma senhora passou em frente ao prédio no momento em que Jones saía e, indignada, disparou:
– Devia ter tomado um engov antes e outro depois, rapaz.
Jones não respondeu. Ouviu quieto e engoliu em seco (e como a boca estava seca), envergonhado. Estava mais ligado para tentar antecipar os movimentos de George. Caminhava e pensava, caminhava e pensava. Se havia mandado que ele fosse buscar o trabalho, nada mais correto do que fugir de casa. Ele nunca vai me pegar, deduzia.
Nesse momento, Jones congelou o passo, levou as duas mãos à cabeça e gritou:
– Não!
Claro que faltava alguma coisa. O trabalho! Se iria entregá-lo a George, que fosse pronto! Inacabado, jamais! Isso seria altamente comprometedor. Se ao menos tivesse atirado o computador pela janela, ou feito uma faxina, estaria mais tranqüilo. Mas não: o álcool é inimigo dos neurônios.
Novamente desesperado, Jones girou e tomou o rumo de casa, agora correndo. Encarar George de frente era apenas uma possibilidade, ainda que Jones tivesse certeza de que isso era questão de minutos.
11 dezembro 2005
Ah
Ah, ia esquecendo: promete pra amanhã mais um capítulo do conto que eu tô escrevendo, o do Jones. Mais uma vez, só esclarecendo: não é autobiográfico...
Blog em férias
Como as poucas testemunhas que andam por aqui notaram, este blog também aderiu ao espírito de férias. Na linha do ócio total, não tenho feito nada de muito útil. Só ficar rateando o dia todo em casa, olhando filmes e jogando videogame com meu irmão. Ah, e namorando também, porque isso é importante (se eu disser que não, corro risco de vida).
Tenho 3 livros pra ler, mas tô tomando coragem. Acho que vou deixá-los pra quando voltar pra Santa Maria, na quinta. Hoje, ressuscitei meus livros de tiras do Garfield. Muito boas e bem mais inteligentes do que qualquer outras...
Tenho 3 livros pra ler, mas tô tomando coragem. Acho que vou deixá-los pra quando voltar pra Santa Maria, na quinta. Hoje, ressuscitei meus livros de tiras do Garfield. Muito boas e bem mais inteligentes do que qualquer outras...
08 dezembro 2005
Que beleza
Olhem o nosso presidente recebendo o Corinthians. À direita dele, ao lado da taça, está o presidente do Corinthians, Alberto "1-0-0" Dualib (pra quem não lembra, um que foi flagrado comprando um jogo com o presidente do Atlético-PR, o Petraglia, por R$ 100 mil). Deu no Jornal Nacional, em 97, se eu não me engano. Mas eles não foram punidos...
Bem no canto, também à direita, o iraniano Kia Joorabchian. Ele é presidente da MSI, empresa que administra o futebol do Corinthians. O MP investigou a MSI, que gastou R$ 113 milhões em jogadores este ano, e descobriu "fortes indícios de lavagem de dinheiro".
E o Lula ainda recebe este tipo de gente no Planalto. Vai ver, ele não sabe nada sobre esses problemas. Ou acha que eles não fizeram nada demais, como o Zé Dirceu, Gushiken, Delúbio...
Bem no canto, também à direita, o iraniano Kia Joorabchian. Ele é presidente da MSI, empresa que administra o futebol do Corinthians. O MP investigou a MSI, que gastou R$ 113 milhões em jogadores este ano, e descobriu "fortes indícios de lavagem de dinheiro".
E o Lula ainda recebe este tipo de gente no Planalto. Vai ver, ele não sabe nada sobre esses problemas. Ou acha que eles não fizeram nada demais, como o Zé Dirceu, Gushiken, Delúbio...
06 dezembro 2005
3
Jones emudeceu. De novo. Era demais para ele. A conversa estava desmascarando-o: além de covarde, era incompetente, porque não havia terminado a tarefa no prazo. Deadline, maldito deadline, cansou-se de repetir.
– Mas eu posso terminar – tentou, sabendo que era em vão.
– O prazo acabou. Acabou, porra! – gritou o interlocutor, dando mostras de que já havia perdido a paciência.
Constrangido, Jones preferia poder esconder-se debaixo da saia da mamãe. Seria mais seguro lá, convenhamos. Só que, àquela altura do campeonato, opções não eram mais permitidas. Era pegar ou largar. Pensar rápido para sair da fria. Ciente de que não tinha mais nada a perder, Jones entregou os pontos.
– Ok, não terminei. Qual o preço?
– Preço?
– É, o que acontecerá comigo?
– Contigo?
– É, comigo? É surdo? – reclamou Jones, sem paciência para entrar em joguinhos.
– Melhor surdo do que morto – retrucou o interlocutor, insinuando que tinha o controle da situação.
Será que tinha mesmo? A chance de Jones, o covarde e incompetente, era um velho problema que lhe assolava. Algo que atacava de tempos em tempos, involuntariamente, conforme a situação. Quanto pior, melhor.
– Vai pro inferno! – respondeu Jones, sem cerimônia.
O interlocutor, supostamente tão frio, perdeu a paciência. Deduziu que Jones ficara transtornado, mas também notou que ele próprio não era tão bom assim para manter o comando. E decidiu apelar.
– O prazo acabou! Entregue!
– Venha buscar. Se me achar, é claro – desafiou Jones, em um tom de voz de quem não venderia a própria sorte tão fácil assim.
O interlocutor ia responder, mas não teve tempo. Jones bateu o telefone e o jogou ao chão. Trêbado, sedento e desesperado, havia complicado mais ainda as coisas. Só agora concebia o que havia feito. E se culpava: maldito transtorno bipolar. Do pólo da euforia, raiva, ele agora voltava ao lado negativo, o da depressão. Vapt-vupt, sem avisos. Como ocorrera na conversa ao telefone. Era assim com todos que sofriam dessa doença? Jones sequer imaginava.
– Sou um cara morto – afirmou, alto, enquanto espremia os miolos para achar um plano B.
– Mas eu posso terminar – tentou, sabendo que era em vão.
– O prazo acabou. Acabou, porra! – gritou o interlocutor, dando mostras de que já havia perdido a paciência.
Constrangido, Jones preferia poder esconder-se debaixo da saia da mamãe. Seria mais seguro lá, convenhamos. Só que, àquela altura do campeonato, opções não eram mais permitidas. Era pegar ou largar. Pensar rápido para sair da fria. Ciente de que não tinha mais nada a perder, Jones entregou os pontos.
– Ok, não terminei. Qual o preço?
– Preço?
– É, o que acontecerá comigo?
– Contigo?
– É, comigo? É surdo? – reclamou Jones, sem paciência para entrar em joguinhos.
– Melhor surdo do que morto – retrucou o interlocutor, insinuando que tinha o controle da situação.
Será que tinha mesmo? A chance de Jones, o covarde e incompetente, era um velho problema que lhe assolava. Algo que atacava de tempos em tempos, involuntariamente, conforme a situação. Quanto pior, melhor.
– Vai pro inferno! – respondeu Jones, sem cerimônia.
O interlocutor, supostamente tão frio, perdeu a paciência. Deduziu que Jones ficara transtornado, mas também notou que ele próprio não era tão bom assim para manter o comando. E decidiu apelar.
– O prazo acabou! Entregue!
– Venha buscar. Se me achar, é claro – desafiou Jones, em um tom de voz de quem não venderia a própria sorte tão fácil assim.
O interlocutor ia responder, mas não teve tempo. Jones bateu o telefone e o jogou ao chão. Trêbado, sedento e desesperado, havia complicado mais ainda as coisas. Só agora concebia o que havia feito. E se culpava: maldito transtorno bipolar. Do pólo da euforia, raiva, ele agora voltava ao lado negativo, o da depressão. Vapt-vupt, sem avisos. Como ocorrera na conversa ao telefone. Era assim com todos que sofriam dessa doença? Jones sequer imaginava.
– Sou um cara morto – afirmou, alto, enquanto espremia os miolos para achar um plano B.
04 dezembro 2005
CBF e Globo
Outra lebre levantada pelo blog do Juca Kfouri: a notícia no site da CBF que dá o Corinthians como campeão foi publicada às 17h21min. E o jogo dele só acabou depois das 18h. Baita infelicidade...
Quem também deu uma baita barbeirada foi o Cléber Machado, antes do jogo do Inter. Ao falar da liminar que impedia a promulgação do campeão no domingo, ele disse que o Edilson CONFESSOU ter manipulado os 11 jogos (mentira, porque não há provas para os 11, e o juiz sequer disse isso). O narrador também falou que a decisão judicial era só da Justiça gaúcha (na verdade, a mando do STF, que escolheu Porto Alegre como foro).
Depois, na transmissão, ele forçou a barra pra dar o Corinthians como campeão. O cara torceu muito. Lamentável...
Quem também deu uma baita barbeirada foi o Cléber Machado, antes do jogo do Inter. Ao falar da liminar que impedia a promulgação do campeão no domingo, ele disse que o Edilson CONFESSOU ter manipulado os 11 jogos (mentira, porque não há provas para os 11, e o juiz sequer disse isso). O narrador também falou que a decisão judicial era só da Justiça gaúcha (na verdade, a mando do STF, que escolheu Porto Alegre como foro).
Depois, na transmissão, ele forçou a barra pra dar o Corinthians como campeão. O cara torceu muito. Lamentável...
Como ficou
Pelo jogo de hoje, o Inter não merecia ganhar o Brasileirão. Faltou raça e futebol. Mas como houve outras 41 rodadas, ainda tem chance. Quem vai decidir é a Justiça. E logo, espero...
Passeio de fim de semana
01 dezembro 2005
2
Jones permaneceu em silêncio, assim como seu interlocutor. Não há nada mais constrangedor do que ficar mudo ao telefone, sabia, mas era a melhor coisa possível naquele momento. O mínimo que esperava era uma explosão de fúria no outro lado da linha, cobrando a porra do deadline e o trabalho que estava por ser terminado – e bem longe do fim, diga-se de passagem.
Passaram-se 10, 20, 30 segundos naquele silêncio que parecia eterno. Tão longos segundos que fizeram Jones acostumar-se à situação. E tomar coragem. Uma última injeção de coragem correu por aquelas veias divididas entre o sangue e o álcool. Sou um homem, não um rato, tentou convencer-se. Já triunfante, pronunciou, cheio de segurança:
– Alô.
Não esperava resposta, e de onde não se espera nada é que não sai coisa nenhuma. Só que, desta vez, foi diferente.
– Jones... – sussurou o interlocutor.
Ah, como seria bom se ele tivesse ficado quieto, pensou Jones. Agora, era questão de tempo para entrarem no assunto. O começo do fim, o último telefonema de um homem, o juízo final, qualquer chavão servia para descrever a enrascada em que havia se metido. Ninguém mandou topar o que não se pode fazer. E ninguém mandou colocar a ambição acima da própria capacidade.
Agora, o preço estava sendo cobrado. Desesperado, Jones apelou:
– Não deu tempo. Mas eu posso terminar...
E ouviu justamente o que mais temia:
– Não pode. O tempo acabou.
Passaram-se 10, 20, 30 segundos naquele silêncio que parecia eterno. Tão longos segundos que fizeram Jones acostumar-se à situação. E tomar coragem. Uma última injeção de coragem correu por aquelas veias divididas entre o sangue e o álcool. Sou um homem, não um rato, tentou convencer-se. Já triunfante, pronunciou, cheio de segurança:
– Alô.
Não esperava resposta, e de onde não se espera nada é que não sai coisa nenhuma. Só que, desta vez, foi diferente.
– Jones... – sussurou o interlocutor.
Ah, como seria bom se ele tivesse ficado quieto, pensou Jones. Agora, era questão de tempo para entrarem no assunto. O começo do fim, o último telefonema de um homem, o juízo final, qualquer chavão servia para descrever a enrascada em que havia se metido. Ninguém mandou topar o que não se pode fazer. E ninguém mandou colocar a ambição acima da própria capacidade.
Agora, o preço estava sendo cobrado. Desesperado, Jones apelou:
– Não deu tempo. Mas eu posso terminar...
E ouviu justamente o que mais temia:
– Não pode. O tempo acabou.
Que futuro...
E o Parreira disse que o futuro do futebol é o esquema 4-6-0. Sinceramente, com um futuro desses, é melhor que venha logo o juízo final. Até jogo de damas será mais interessante...
Ah, e depois o Parreira acha ruim quando chamam ele de retranqueiro...
Ah, e depois o Parreira acha ruim quando chamam ele de retranqueiro...
Curtindo o ar novo
Santa Maria da Boca do Forno, só fora do meu apartamento. Comprei na quarta de manhã um ar-condicionado. Queimei o 13º na brincadeira, mas não tinha mais jeito. E foi no impulso. Tava suando tanto que decidi: não dava mais pra adiar.
Ah, e isso ainda vai render pauta pro jornal. Na hora de procurar alguém pra instalar o aparelho, descobri que a agenda dos caras tá lotada. Eles tão trabalhando que nem loucos. E cobram R$ 120 pelo serviço completo.
Como vou usar o buraco da Silvana (dona do apê, ela levou o ar dela pra Porto Alegre), vai me custar uns R$ 30.
Ah, e isso ainda vai render pauta pro jornal. Na hora de procurar alguém pra instalar o aparelho, descobri que a agenda dos caras tá lotada. Eles tão trabalhando que nem loucos. E cobram R$ 120 pelo serviço completo.
Como vou usar o buraco da Silvana (dona do apê, ela levou o ar dela pra Porto Alegre), vai me custar uns R$ 30.
Duas em uma
Mais cassação do Dirceu. Ou melhor: motivos pra justificá-la.
1) O ACM se posicionou contra a cassação, ou seja: provavelmente trabalhou por isso. Sabe-se lá quando ele vai cobrar a conta, se é que já não cobrou. E qual seria o preço do apoio?
2) O Lula ligou pro Dirceu, antes da votação, e disse: "Estou contigo, amigo". A pergunta que fica é: por que não fez isso em público?
Pra fechar o caixão do ex-deputado: ele perdeu os direitos políticos por oito anos. Na prática, só poderá se candidatar em 2016. E eu queria estar na redação da Veja na hora da cassação... os caras devem ter estourado uma champanha...
1) O ACM se posicionou contra a cassação, ou seja: provavelmente trabalhou por isso. Sabe-se lá quando ele vai cobrar a conta, se é que já não cobrou. E qual seria o preço do apoio?
2) O Lula ligou pro Dirceu, antes da votação, e disse: "Estou contigo, amigo". A pergunta que fica é: por que não fez isso em público?
Pra fechar o caixão do ex-deputado: ele perdeu os direitos políticos por oito anos. Na prática, só poderá se candidatar em 2016. E eu queria estar na redação da Veja na hora da cassação... os caras devem ter estourado uma champanha...
293 a 192
Caiu o Zé Dirceu. Menos mal, porque se ele não fosse cassado, o Congresso ficaria ainda mais desmoralizado. E o cara pediu para votarem esquecendo a pessoa que ele é! Maior reconhecimento da própria arrogância, impossível...
E o próximo? Parece que é o João Paulo Cunha. Dizem que ele teria mais chances de escapar, porque se dá bem com o baixo clero, tratou-os bem quando foi presidente da Câmara. Tomara que se rale. Pegar R$ 50 mil do Marcos Valério pra pagar a locadora... Nem a Velhinha de Taubaté cai nessa!
E o próximo? Parece que é o João Paulo Cunha. Dizem que ele teria mais chances de escapar, porque se dá bem com o baixo clero, tratou-os bem quando foi presidente da Câmara. Tomara que se rale. Pegar R$ 50 mil do Marcos Valério pra pagar a locadora... Nem a Velhinha de Taubaté cai nessa!
30 novembro 2005
1
Jones acordou trêbado. Boca seca, cabelo desgrenhado, olheiras denunciando as poucas horas de sono, vestiu uma bermuda e foi ao banheiro mijar. Caminhou até a cozinha, abriu a geladeira e agarrou uma garrafa d'água. Entre um gole e outro (santa água, imaginava), decidiu levar a garrafa para perto do computador.
Jones ajeitava os óculos enquanto tentava trabalhar. Sabia que era difícil, mas não havia outra opção. O deadline – ah, a porra do deadline – estava perto. A cobrança era iminente e Jones só lembrava das brahmas do bar. Também, quem mandou encher a cara? Cerveja é que nem o slogan do cheetos, imaginou: impossível comer (beber, no caso) uma só. Bom, agora já era.
E Jones escrevia, escrevia, escrevia, e nunca saía do lugar. Realmente incríveis os efeitos da cana nas pessoas, concluía. Mais divagando do que trabalhando, ele foi interrompido de súbito por um telefonema. O celular tocou uma, duas, três vezes. Jones olhou o número no bina e sentiu um calafrio. De repente, o porre ia virando passado. Hesitante, abriu o flip do aparelho com o polegar e disse, seco:
– Alô.
No outro lado, silêncio. Longo silêncio. Inquietante silêncio. Jones sequer repetiu o alô. Sabia que agora, sim, eram favas contadas. Ao contrário do porre, aquilo não tinha volta.
Jones ajeitava os óculos enquanto tentava trabalhar. Sabia que era difícil, mas não havia outra opção. O deadline – ah, a porra do deadline – estava perto. A cobrança era iminente e Jones só lembrava das brahmas do bar. Também, quem mandou encher a cara? Cerveja é que nem o slogan do cheetos, imaginou: impossível comer (beber, no caso) uma só. Bom, agora já era.
E Jones escrevia, escrevia, escrevia, e nunca saía do lugar. Realmente incríveis os efeitos da cana nas pessoas, concluía. Mais divagando do que trabalhando, ele foi interrompido de súbito por um telefonema. O celular tocou uma, duas, três vezes. Jones olhou o número no bina e sentiu um calafrio. De repente, o porre ia virando passado. Hesitante, abriu o flip do aparelho com o polegar e disse, seco:
– Alô.
No outro lado, silêncio. Longo silêncio. Inquietante silêncio. Jones sequer repetiu o alô. Sabia que agora, sim, eram favas contadas. Ao contrário do porre, aquilo não tinha volta.
28 novembro 2005
Tava quente
Bah, o sol tava muito quente ontem. Chegamos ao Beira-Rio às 15h e ficamos o tempo todo no sol. Queimei o rosto e o pescoço. E o negócio de protestar de preto, sinceramente, não deu. Não tinha como usar prto, ainda que muita gente tenha feito isso.
Eu levei uma camiseta preta. Acabei usando ela como boné...
O copinho de água mineral tava R$ 2 nos ambulantes... E como os caras venderam...
Eu levei uma camiseta preta. Acabei usando ela como boné...
O copinho de água mineral tava R$ 2 nos ambulantes... E como os caras venderam...
Até o último minuto
26 novembro 2005
O lado bom
Constatação: depois de um ano vazio, voltaremos a ter Gre-Nal em 2006. Como disse esses tempos um amigo meu, colorado, lamentando a ausência do Grêmio no Brasileirão deste ano.
- Foram 6 pontos que a gente deixou de fazer.
- Foram 6 pontos que a gente deixou de fazer.
Ainda a segundona
Errar dois pênaltis e perder em casa, com estádio lotado, pra um time com sete jogadores... O Grêmio é ruim (e quem comentou foi meu pai, um colorado neutro, que nunca acompanha futebol e hoje tava torcendo pro Mano Menezes, que ele conhece), mas o Náutico é muito pior!
Comentário do pai no intervalo (ele alternou entre Grêmio e Raul Gil no primeiro tempo): "Que jogo bem ruim".
Comentário do pai no fim do jogo: "Como eu me diverti".
Comentário do pai no intervalo (ele alternou entre Grêmio e Raul Gil no primeiro tempo): "Que jogo bem ruim".
Comentário do pai no fim do jogo: "Como eu me diverti".
Grana suspeita
Artigo da Financial Times citado no blog do Juca Kfouri. É demorado, mas vale a pena ler.
POR QUE OS RUSSOS ESTÃO LUBRIFICANDO AS RODAS DO FUTEBOL?
Por Simon Kuper 21/10/2005 20h22
Derk Sauer é um pequeno holandês que se transformou em magnata da mídia na Rússia. Sua corporação publica mais de trinta títulos, incluindo a versão russa do periódico feminino Cosmopolitan, a edição local de Playboy e, até recentemente, uma obscura revista sobre futebol.
"Uma revista muito agradável, mas que não vendia", contou-me durante um café-da-manhã em Amsterdã, no mês passado. Então, um dia alguém telefonou se oferecendo para adquirir o periódico, Sauer quis saber porque alguém queria tal coisa. Ele perguntou quem era o comprador. Era, naturalmente, o oligarca Roman Abramovich.
"Esta era sua revista favorita, sua bíblia", empolgou-se Sauer."Um de nossos repórteres foi ao Chelsea para entrevistá-lo, Abramovich abriu um armário e lá estavam todas as edições da revista. Típico de Abramovich: ele apenas queria tê-la."
Caprichos pessoais como este criaram uma nova ordem no futebol. Homens do petróleo - e não apenas os russos - estão dominando o esporte. Este fenômeno vai além de Abramovich no Chelsea. Nos anos 90, as pessoas pensaram que a internet e a TV paga revolucionariam o futebol. Mais tarde, supôs-se que os recursos viriam do extremo oriente. Em vez disso, o capital jorrou tal qual o petróleo.
Duas coisas aconteceram. Primeiro a riqueza natural da Rússia foi vergastada num tipo de liquidação de saldos natalinos; em seguida, o barril de petróleo bruto elevou-se acima de US$60. Juntos, estes dois processos produziram a casta mais rica de cidadãos do planeta em toda a história. Livres para fazer quase tudo que eles quisessem com seu dinheiro, investiram em jogadores de futebol. Aqui estão alguns exemplos:
-A família de Gadaffi (Líbia), que possui uma participação no Juventus, está pagando 240 milhões de euros para anunciar por 10 anos a companhia de petróleo da Líbia, Tamoil, nas camisas do Juventus. É o maior contrato de camisa no futebol.
-Alexei Fedorychev, magnata do fertilizante, jogou por um breve período como reserva para o Dynamo de Moscou. No ano passado ele comprou o Dynamo, adquirindo também o passe de diversos jogadores ocidentais pela maior quantia da história do futebol da Rússia; obteve os direitos de televisão do futebol russo, e em agosto comprou um outro clube, FK Rostov. Sua companhia, Fedcom, também patrocina o AS Monaco, finalista na liga dos campeões em 2004.
-Kia Joorabchian, 34 anos, britânico-iraniano, comprou no ano passado o clube brasileiro Corinthians. Posteriormente, ele adquiriu o passe do atacante argentino Carlos Tevez por US$16 milhões, a maior transferência na história da América do Sul. Acredita-se que Joorabchian seja financiado por seu ex-contato de negócios, o oligarca russo Boris Berezovsky.
-Leonid Fedun, vice-presidente da empresa russa Lukoil, juntamente com outros investidores, adquiriu o Spartak de Moscou. O clube moscovita comprou seu próprio atacante argentino, Fernando Cavenaghi, por 11 milhões de euros.
-No próximo ano o Arsenal receberá seu novo estádio de 60.000 lugares, batizado de Emirates Stadium. A companhia aérea dos Emirados Árabes, país rico em petróleo, paga 100 milhões de libras para exibir durante 15 anos sua marca na publicidade do estádio e nas camisas do Arsenal. Esta é a única esperança deste clube para seguir os passos do Chelsea, igualmente beneficiado pelo petróleo.
-Arkady Gaidamak, um bilionário russo-franco-israelita-angolano, comprou o clube Beitar Jerusalem em agosto. Ele tem ainda que acertar a contratação das estrelas do time.
-O mini-oligarca lituano Vladmir Romanov comprou o Hearts da Escócia. Romanov contratou alguns atletas novos e a equipe está liderando atualmente a liga escocesa. Nenhum outro clube escocês à exceção de Rangers e do Celtic ganhou o título em 20 anos.
-Até em Angola, companhias de petróleo patrocinam grandes clubes.
-Enquanto a Liga Norte-Americana de Hóquei estava em greve, alguns dos melhores atletas do esporte no mundo mudaram-se para as cidades provincianas de Omsk e Kazan, na Rússia. Os clubes locais, financiados por oligarcas, podem provavelmente combinar em pequena escala os capitais de franquias de times da NHL (National Hockey League) aos seus dólares.
-Massimo Moratti, empresário italiano de refinarias de petróleo, continua a fazer movimentações financeiras para levar a Inter de Milão às conquistas.
A pergunta é por que estes magnatas estão derramando seu dinheiros em sacos sem fundo? Eles certamente não estão fazendo isso por diversão. O escritor George Orwell observou certa vez sobre um personagem de Charles Dickens: Sr. Jarndyce – que ninguém que tivesse despendido tanto esforço fazendo sua fortuna a daria assim tão facilmente. É natural especular que os oligarcas têm alguma intenção obscura.
Uma revista holandesa causou agitação por alegar que os clubes do país organizaram uma rede mundial de lavagem de dinheiro. Entretanto, isso parece improvável: os bilionários usariam uma indústria excessivamente exposta para lavagem apenas de alguns milhões.
É possível que alguns deles estejam comprando a amizade de um país ao adquirir um clube. Gaidamak, para quem a França emitiu um mandado de prisão, parece acreditar que pode proteger seu futuro ao se tornar um proeminente cidadão israelense. Abramovich pode ter motivos semelhantes no Reino Unido, seu velho companheiro Vladmir Putin algum dia se cansaria dele. E os Gadaffis poderiam usar a amizade italiana em caso de nova crise com os Estados Unidos.
Entretanto, Sauer acredita que a motivação é mais simples. Ele vive em um subúrbio de classe alta de Moscou, onde seu filho joga futebol com o filho de Abramovich, e depois de 16 anos de Rússia, ele é uma antropólogo da tribo dos oligarcas. Sauer explica: “estas pessoas têm dinheiro mas não têm o status, assim o que você faz? Você tenta adquirir o status. Nos Estados Unidos, na década de 1920, havia magnatas que fizeram exatamente o mesmo. Compraram jornais, entraram para o ramo das artes, esse tipo de coisa.”
“Agora todos os russos estão tentando sair do negócio. Esta é a grande tendência. Abramovich apenas vendeu sua companhia, Sibneft, para a Gazprom. Para muitos dos oligarcas, é o fim. Eles perderão suas companhias de um jeito ou de outro. Assim estão tentando tirar tanto dinheiro quanto possível e, então, colocá-lo no futebol.” Esta é uma continuação natural de suas carreiras: além do seu primeiro milhão, todo o negócio é uma questão de status. Os oligarcas italianos têm competido há bastante tempo por status através do futebol. Agora os russos os estão imitando.
Em maio de 2006, o Chelsea poderá se tornar o primeiro campeão europeu financiado pelo petróleo. Outros clubes o seguirão, mas provavelmente não os russos. O futebol russo talvez nunca atinja qualquer coisa, pois poucas crianças russas praticam futebol.
Sauer é presidente da liga da mocidade de futebol russo. Seu problema está em encontrar algum lugar para jogar. Atualmente a liga aluga um par de “velhos canteiros de repolho” do Dynamo de Moscou por cerca de US$ 30.000 anuais. Sauer disse: “eu escrevi para Abramovich, perguntando se, entre os milhões que ele gasta no Chelsea, ele poderia financiar um pequeno campo de esportes para as crianças moscovitas.”
Naturalmente não houve nenhuma resposta.
POR QUE OS RUSSOS ESTÃO LUBRIFICANDO AS RODAS DO FUTEBOL?
Por Simon Kuper 21/10/2005 20h22
Derk Sauer é um pequeno holandês que se transformou em magnata da mídia na Rússia. Sua corporação publica mais de trinta títulos, incluindo a versão russa do periódico feminino Cosmopolitan, a edição local de Playboy e, até recentemente, uma obscura revista sobre futebol.
"Uma revista muito agradável, mas que não vendia", contou-me durante um café-da-manhã em Amsterdã, no mês passado. Então, um dia alguém telefonou se oferecendo para adquirir o periódico, Sauer quis saber porque alguém queria tal coisa. Ele perguntou quem era o comprador. Era, naturalmente, o oligarca Roman Abramovich.
"Esta era sua revista favorita, sua bíblia", empolgou-se Sauer."Um de nossos repórteres foi ao Chelsea para entrevistá-lo, Abramovich abriu um armário e lá estavam todas as edições da revista. Típico de Abramovich: ele apenas queria tê-la."
Caprichos pessoais como este criaram uma nova ordem no futebol. Homens do petróleo - e não apenas os russos - estão dominando o esporte. Este fenômeno vai além de Abramovich no Chelsea. Nos anos 90, as pessoas pensaram que a internet e a TV paga revolucionariam o futebol. Mais tarde, supôs-se que os recursos viriam do extremo oriente. Em vez disso, o capital jorrou tal qual o petróleo.
Duas coisas aconteceram. Primeiro a riqueza natural da Rússia foi vergastada num tipo de liquidação de saldos natalinos; em seguida, o barril de petróleo bruto elevou-se acima de US$60. Juntos, estes dois processos produziram a casta mais rica de cidadãos do planeta em toda a história. Livres para fazer quase tudo que eles quisessem com seu dinheiro, investiram em jogadores de futebol. Aqui estão alguns exemplos:
-A família de Gadaffi (Líbia), que possui uma participação no Juventus, está pagando 240 milhões de euros para anunciar por 10 anos a companhia de petróleo da Líbia, Tamoil, nas camisas do Juventus. É o maior contrato de camisa no futebol.
-Alexei Fedorychev, magnata do fertilizante, jogou por um breve período como reserva para o Dynamo de Moscou. No ano passado ele comprou o Dynamo, adquirindo também o passe de diversos jogadores ocidentais pela maior quantia da história do futebol da Rússia; obteve os direitos de televisão do futebol russo, e em agosto comprou um outro clube, FK Rostov. Sua companhia, Fedcom, também patrocina o AS Monaco, finalista na liga dos campeões em 2004.
-Kia Joorabchian, 34 anos, britânico-iraniano, comprou no ano passado o clube brasileiro Corinthians. Posteriormente, ele adquiriu o passe do atacante argentino Carlos Tevez por US$16 milhões, a maior transferência na história da América do Sul. Acredita-se que Joorabchian seja financiado por seu ex-contato de negócios, o oligarca russo Boris Berezovsky.
-Leonid Fedun, vice-presidente da empresa russa Lukoil, juntamente com outros investidores, adquiriu o Spartak de Moscou. O clube moscovita comprou seu próprio atacante argentino, Fernando Cavenaghi, por 11 milhões de euros.
-No próximo ano o Arsenal receberá seu novo estádio de 60.000 lugares, batizado de Emirates Stadium. A companhia aérea dos Emirados Árabes, país rico em petróleo, paga 100 milhões de libras para exibir durante 15 anos sua marca na publicidade do estádio e nas camisas do Arsenal. Esta é a única esperança deste clube para seguir os passos do Chelsea, igualmente beneficiado pelo petróleo.
-Arkady Gaidamak, um bilionário russo-franco-israelita-angolano, comprou o clube Beitar Jerusalem em agosto. Ele tem ainda que acertar a contratação das estrelas do time.
-O mini-oligarca lituano Vladmir Romanov comprou o Hearts da Escócia. Romanov contratou alguns atletas novos e a equipe está liderando atualmente a liga escocesa. Nenhum outro clube escocês à exceção de Rangers e do Celtic ganhou o título em 20 anos.
-Até em Angola, companhias de petróleo patrocinam grandes clubes.
-Enquanto a Liga Norte-Americana de Hóquei estava em greve, alguns dos melhores atletas do esporte no mundo mudaram-se para as cidades provincianas de Omsk e Kazan, na Rússia. Os clubes locais, financiados por oligarcas, podem provavelmente combinar em pequena escala os capitais de franquias de times da NHL (National Hockey League) aos seus dólares.
-Massimo Moratti, empresário italiano de refinarias de petróleo, continua a fazer movimentações financeiras para levar a Inter de Milão às conquistas.
A pergunta é por que estes magnatas estão derramando seu dinheiros em sacos sem fundo? Eles certamente não estão fazendo isso por diversão. O escritor George Orwell observou certa vez sobre um personagem de Charles Dickens: Sr. Jarndyce – que ninguém que tivesse despendido tanto esforço fazendo sua fortuna a daria assim tão facilmente. É natural especular que os oligarcas têm alguma intenção obscura.
Uma revista holandesa causou agitação por alegar que os clubes do país organizaram uma rede mundial de lavagem de dinheiro. Entretanto, isso parece improvável: os bilionários usariam uma indústria excessivamente exposta para lavagem apenas de alguns milhões.
É possível que alguns deles estejam comprando a amizade de um país ao adquirir um clube. Gaidamak, para quem a França emitiu um mandado de prisão, parece acreditar que pode proteger seu futuro ao se tornar um proeminente cidadão israelense. Abramovich pode ter motivos semelhantes no Reino Unido, seu velho companheiro Vladmir Putin algum dia se cansaria dele. E os Gadaffis poderiam usar a amizade italiana em caso de nova crise com os Estados Unidos.
Entretanto, Sauer acredita que a motivação é mais simples. Ele vive em um subúrbio de classe alta de Moscou, onde seu filho joga futebol com o filho de Abramovich, e depois de 16 anos de Rússia, ele é uma antropólogo da tribo dos oligarcas. Sauer explica: “estas pessoas têm dinheiro mas não têm o status, assim o que você faz? Você tenta adquirir o status. Nos Estados Unidos, na década de 1920, havia magnatas que fizeram exatamente o mesmo. Compraram jornais, entraram para o ramo das artes, esse tipo de coisa.”
“Agora todos os russos estão tentando sair do negócio. Esta é a grande tendência. Abramovich apenas vendeu sua companhia, Sibneft, para a Gazprom. Para muitos dos oligarcas, é o fim. Eles perderão suas companhias de um jeito ou de outro. Assim estão tentando tirar tanto dinheiro quanto possível e, então, colocá-lo no futebol.” Esta é uma continuação natural de suas carreiras: além do seu primeiro milhão, todo o negócio é uma questão de status. Os oligarcas italianos têm competido há bastante tempo por status através do futebol. Agora os russos os estão imitando.
Em maio de 2006, o Chelsea poderá se tornar o primeiro campeão europeu financiado pelo petróleo. Outros clubes o seguirão, mas provavelmente não os russos. O futebol russo talvez nunca atinja qualquer coisa, pois poucas crianças russas praticam futebol.
Sauer é presidente da liga da mocidade de futebol russo. Seu problema está em encontrar algum lugar para jogar. Atualmente a liga aluga um par de “velhos canteiros de repolho” do Dynamo de Moscou por cerca de US$ 30.000 anuais. Sauer disse: “eu escrevi para Abramovich, perguntando se, entre os milhões que ele gasta no Chelsea, ele poderia financiar um pequeno campo de esportes para as crianças moscovitas.”
Naturalmente não houve nenhuma resposta.
Segundona
Divido em três partes os comentários do jogo Náutico 0 x 1 Grêmio.
1) Méritos do goleiro do Grêmio, que pegou o pênalti, e do Anderson, que fez o gol.
2) O time do Náutico não deveria estar na segunda divisão. Merecia jogar a terceira. É muito ruim. Ruim demais. Não faz gol nem de pênalti, e teve dois. E o artilheiro do time, o KUKI (vejam o nome da figura!) pipocou na hora de cobrar o pênalti decisivo. Como diria o Nelson Rodrigues, sofre da síndrome de vira-lata. Daqui a uns 17 anos, eles terão outra chance de sair da segundona, e vão perdê-la de novo.
3) Vitória do Grêmio em campo, derrota fora. Passaram a maior vergonha do ano ao baterem no juiz, cavarem buraco na marca do pênalti. Teve cartola invadindo, dando carteiraço... Jogador (Marcel) chamando a torcida pra invadir o campo... Como disse o Pedro Ernesto, da Gaúcha, nem na Copa Paquetá acontecem coisas desse naipe...
Os quatro que foram expulsos (e poderia ter sido mais) têm que ficar, no mínimo, um ano de molho. Xingar até vai, mas agredir o juiz... é muito descontrole. E não tô falando como piada, mas é coisa de segunda divisão...
COMENTÁRIO EXTRA
Diante de tudo que aconteceu e de toda a várzea que foi o quadrangular final da Série B (ou alguém esqueceu dos esquemas de segurança em Porto Alegre e Recife, vestiários sem água no Olímpico, foguetórios pra acordar jogador, site de time publicando endereço de juiz...), era mais de haver um castigo pros quatro times que tentaram subir.
Qual? Mantê-los mais um ano na Segundona. Como no Brasil as coisas evoluem, na Série A a roubalheira é de colarinho branco. Na segundona, ainda é como nos velhos tempos...
1) Méritos do goleiro do Grêmio, que pegou o pênalti, e do Anderson, que fez o gol.
2) O time do Náutico não deveria estar na segunda divisão. Merecia jogar a terceira. É muito ruim. Ruim demais. Não faz gol nem de pênalti, e teve dois. E o artilheiro do time, o KUKI (vejam o nome da figura!) pipocou na hora de cobrar o pênalti decisivo. Como diria o Nelson Rodrigues, sofre da síndrome de vira-lata. Daqui a uns 17 anos, eles terão outra chance de sair da segundona, e vão perdê-la de novo.
3) Vitória do Grêmio em campo, derrota fora. Passaram a maior vergonha do ano ao baterem no juiz, cavarem buraco na marca do pênalti. Teve cartola invadindo, dando carteiraço... Jogador (Marcel) chamando a torcida pra invadir o campo... Como disse o Pedro Ernesto, da Gaúcha, nem na Copa Paquetá acontecem coisas desse naipe...
Os quatro que foram expulsos (e poderia ter sido mais) têm que ficar, no mínimo, um ano de molho. Xingar até vai, mas agredir o juiz... é muito descontrole. E não tô falando como piada, mas é coisa de segunda divisão...
COMENTÁRIO EXTRA
Diante de tudo que aconteceu e de toda a várzea que foi o quadrangular final da Série B (ou alguém esqueceu dos esquemas de segurança em Porto Alegre e Recife, vestiários sem água no Olímpico, foguetórios pra acordar jogador, site de time publicando endereço de juiz...), era mais de haver um castigo pros quatro times que tentaram subir.
Qual? Mantê-los mais um ano na Segundona. Como no Brasil as coisas evoluem, na Série A a roubalheira é de colarinho branco. Na segundona, ainda é como nos velhos tempos...
25 novembro 2005
Mais uma da saga
Mais uma matéria da saga da educação.Hoje, é ver como será em 2006, quando o tempo de estudo no ensino fundamental passará para 9 anos. Ou seja: teremos a 9ª série, e as crianças farão a primeira com 6 anos.
Legal é que quem tá na 5ª, por exemplo, passa pra 7ª no ano que vem. E quem tá na 7ª vai pra 9ª...
Tri bom de explicar numa matéria... E pra uma diretora de um colégio que eu fui hoje pela manhã. Ele repetiu umas 34235436547568225264 vezes pra eu não me enganar na matéria...
Legal é que quem tá na 5ª, por exemplo, passa pra 7ª no ano que vem. E quem tá na 7ª vai pra 9ª...
Tri bom de explicar numa matéria... E pra uma diretora de um colégio que eu fui hoje pela manhã. Ele repetiu umas 34235436547568225264 vezes pra eu não me enganar na matéria...
24 novembro 2005
Calor
Pelo menos a previsão do tempo acertou e, depois do temporal dessa madrugada, não tá mais tão quente. Foi bom mesmo que eles tenham acertado: eu fiz matéria falando da previsão, então...
23 novembro 2005
Da festa de sábado
Carta e resposta
Carta de um leitor na edição de hoje do Diário:
Arbitragem
É, parece que brasileiro tem memória curta mesmo. Aliás, colorado tem memória curta. Erros de arbitragem acontecem. Aconteceu no jogo Grêmio X Palmeiras em 96, na Copa do Brasil. Na final da Copa do Brasil de 2002, Corinthians X Brasiliense: o juiz era o gaúcho Carlos Simon, lembram? O mesmo Simon, na final do Gaúchão deste ano, que acabou a prorrogação com 13 minutos. Lembram? Colorados, jamais esquecerei a final da Copa do Brasil de 92: aquele pênalti duvidoso. É, colorados, erros acontecem, não adianta crucificar o juiz.
Sabem o que eu acho? Que esse cara é um mané.
Porque é um gremista alfinetando o Inter? Não. Porque ele tá comemorando que sacanearam o Inter? Não. Porque ele diz que o Inter ganhou título com pênalti duvidoso? Também não.
Acho ele um mané porque perde tempo escrevendo uma carta prum jornal com um tema tão fútil. Não adiciona nada a ninguém. Uma coisa é falar sobre futebol num blog com meia dúzia de leitores. Escrever carta pra jornal com mais de 100 mil leitores por dia é outra história...
E mais: a memória dele só vale pro futebol, eu garanto. Lembra de lances de 92, 96, 2002, mas não deve saber em quem votou pra votou pra vereador no ano passado, ou pra deputado em 2002. Certamente é do tipo que diz que "não gosto de política", como se isso fosse desculpa pra ficar alienado. Simplesmente ignora o que realmente influencia na vida dele pra dar bola pro pão e circo que é o futebol. É um passatempo, e não pode ser mais do que isso.
O cara é mané mesmo. Babaca. E se alguém acha estranho tudo isso ter sido escrito por um repórter de esportes de um jornal, saibam que eu não tô mais no esporte. Mudei de editoria. Passei duas semanas na economia e agora tô um tempo na geral. Pode ser que eu acabe voltando pro esporte, mas não será por minha vontade. Acho que posso ser bem mais útil tratando de outros assuntos – melhores pros outros e pra mim.
Arbitragem
É, parece que brasileiro tem memória curta mesmo. Aliás, colorado tem memória curta. Erros de arbitragem acontecem. Aconteceu no jogo Grêmio X Palmeiras em 96, na Copa do Brasil. Na final da Copa do Brasil de 2002, Corinthians X Brasiliense: o juiz era o gaúcho Carlos Simon, lembram? O mesmo Simon, na final do Gaúchão deste ano, que acabou a prorrogação com 13 minutos. Lembram? Colorados, jamais esquecerei a final da Copa do Brasil de 92: aquele pênalti duvidoso. É, colorados, erros acontecem, não adianta crucificar o juiz.
Sabem o que eu acho? Que esse cara é um mané.
Porque é um gremista alfinetando o Inter? Não. Porque ele tá comemorando que sacanearam o Inter? Não. Porque ele diz que o Inter ganhou título com pênalti duvidoso? Também não.
Acho ele um mané porque perde tempo escrevendo uma carta prum jornal com um tema tão fútil. Não adiciona nada a ninguém. Uma coisa é falar sobre futebol num blog com meia dúzia de leitores. Escrever carta pra jornal com mais de 100 mil leitores por dia é outra história...
E mais: a memória dele só vale pro futebol, eu garanto. Lembra de lances de 92, 96, 2002, mas não deve saber em quem votou pra votou pra vereador no ano passado, ou pra deputado em 2002. Certamente é do tipo que diz que "não gosto de política", como se isso fosse desculpa pra ficar alienado. Simplesmente ignora o que realmente influencia na vida dele pra dar bola pro pão e circo que é o futebol. É um passatempo, e não pode ser mais do que isso.
O cara é mané mesmo. Babaca. E se alguém acha estranho tudo isso ter sido escrito por um repórter de esportes de um jornal, saibam que eu não tô mais no esporte. Mudei de editoria. Passei duas semanas na economia e agora tô um tempo na geral. Pode ser que eu acabe voltando pro esporte, mas não será por minha vontade. Acho que posso ser bem mais útil tratando de outros assuntos – melhores pros outros e pra mim.
22 novembro 2005
Encontros e desencontros
E o Lula quer se encontrar com o Tevez no Planalto... que certamente levará junto o Kia Joorabchian... que vem a ser testa-de-ferro do Boris Berezowski... que vem a ser um chefão da máfia russa... que não pode entrar no país dele porque, se fizer isso, vai preso na hora (é sério!)
Será que o mané do Lula vai colocar o bonezinho da MSI, cujo presidente é o Kia e foi alvo de inquérito que apontou "fortes indícios de lavagem de dinheiro"? Bom, lavagem de dinheiro também não é o fim do mundo... Se o Duda Mendonça lavava, por que o Kia não pode?
Quem levantou essa lebre do encontro foi o Juca Kfouri, e com muita razão....
Bom, mas certamente o Lula não sabe de nada disso. Futebol, pra ele, só interessa os gol du curintia dentro di campo! E o asar é noço!!!
Será que o mané do Lula vai colocar o bonezinho da MSI, cujo presidente é o Kia e foi alvo de inquérito que apontou "fortes indícios de lavagem de dinheiro"? Bom, lavagem de dinheiro também não é o fim do mundo... Se o Duda Mendonça lavava, por que o Kia não pode?
Quem levantou essa lebre do encontro foi o Juca Kfouri, e com muita razão....
Bom, mas certamente o Lula não sabe de nada disso. Futebol, pra ele, só interessa os gol du curintia dentro di campo! E o asar é noço!!!
Acreditem: o Lula sabe de alguma coisa!
Mensalão? Zé Dirceu? Valdomiro? Marcos Valério? O Lula nunca ouviu falar. Já no futebol, olhem o que diz o site do Terra:
O erro do árbitro Márcio Rezende de Freitas, ao não marcar pênalti claro sobre o colorado Tinga domingo, no empate por 1 a 1 entre Corinthians e Inter, é reconhecido por um corintiano ilustre. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fã declarado do time do Parque São Jorge, declarou em Brasília que Rezende de fato se equivocou na "final" do Campeonato Brasileiro de 2005.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Lula se referiu ao episódio durante solenidade da sanção da "MP do Bem", no Palácio do Planalto - na qual reclamou das críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
"Eu digo todo santo dia: de economia, futebol e saúde todo mundo entende um pouco", afirmou. "Não posso falar muito de futebol, porque estão dizendo que o Corinthians ontem... o juiz não se comportou direito contra o Internacional", opinou o presidente da República.
O erro do árbitro Márcio Rezende de Freitas, ao não marcar pênalti claro sobre o colorado Tinga domingo, no empate por 1 a 1 entre Corinthians e Inter, é reconhecido por um corintiano ilustre. Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fã declarado do time do Parque São Jorge, declarou em Brasília que Rezende de fato se equivocou na "final" do Campeonato Brasileiro de 2005.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Lula se referiu ao episódio durante solenidade da sanção da "MP do Bem", no Palácio do Planalto - na qual reclamou das críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
"Eu digo todo santo dia: de economia, futebol e saúde todo mundo entende um pouco", afirmou. "Não posso falar muito de futebol, porque estão dizendo que o Corinthians ontem... o juiz não se comportou direito contra o Internacional", opinou o presidente da República.
Quase na mão
Já encaminhei dois ingressos pro Inter x Palmeiras, domingo. Mandei ontem a grana pro Fister (tudo bem, é meio arriscado) e ele vai comprar. Vou levar a Can, que é pé-quente: na última rodada do ano passado, ela tava lá e o Inter se classificou pra Sul-Americana.
O bom é que troquei meu horário de trabalho com a Alexandra na sexta-feira. Então, acho que às 5 ou 6 da tarde já tô saindo do jornal. Daí vou pra Venâncio na sexta e pra Porto Alegre, sábado...
O bom é que troquei meu horário de trabalho com a Alexandra na sexta-feira. Então, acho que às 5 ou 6 da tarde já tô saindo do jornal. Daí vou pra Venâncio na sexta e pra Porto Alegre, sábado...
Outra
Enforquei a academia hoje de manhã. Já fui sábado e ontem, então amanhã eu vou de novo... Incrível a dificuldade pra fazer exercício. Ficar parado é bem melhor...
21 novembro 2005
Frase da semana
"E o Grêmio tá bem na segundona, que fique lá."
Elder Granja, lateral do Inter
O Granja tem toda a razão. O Grêmio termina o ano longe do rebaixamento e pode ganhar alguma coisa... Acho que, se subirem, eles vão pedir pra ficar mais um ano na Série B...
E outra: o Boca não joga a Libertadores do ano que vem. Mas tem Corinthians, então o Grêmio tá tranqüilo...
Elder Granja, lateral do Inter
O Granja tem toda a razão. O Grêmio termina o ano longe do rebaixamento e pode ganhar alguma coisa... Acho que, se subirem, eles vão pedir pra ficar mais um ano na Série B...
E outra: o Boca não joga a Libertadores do ano que vem. Mas tem Corinthians, então o Grêmio tá tranqüilo...
20 novembro 2005
Ladrão? Que ladrão?
O que esse Márcio Rezende fez é ridículo. Ladrão é pouco pra ele. E depois vem pedir desculpas... Jogando 12 contra 10, fica mais difícil de ganhar...
O site do Inter é bem direto ao falar do jogo:
http://www.internacional.com.br/
O site do Inter é bem direto ao falar do jogo:
http://www.internacional.com.br/
19 novembro 2005
Troca
Essa é pra matar a curiosidade do meu pai. Continua meu rodízio pelas editorias do Diário. Depois de duas semanas na economia, fico no esporte domingo (muito bom, porque fico chefe de mim mesmo e não marco nada pra hora do jogo do Inter).
Na segunda, vou pra geral. Até quando, não sei. No mínimo, até começarem minhas férias (5 de dezembro).
Na segunda, vou pra geral. Até quando, não sei. No mínimo, até começarem minhas férias (5 de dezembro).
À fantasia
Arrumei minha fantasia de bicheiro pra festa de hoje. Calça brança e camisa roxa, com listras. Comprei também um anel e um óculos de sol (R$ 1). E o correntão, ficaram de me emprestar... Cafona é pouco pra mim...
Pena que a Can não pôde vir. Aí eu iria de lésbica: formaríamos um belo casal...
Pena que a Can não pôde vir. Aí eu iria de lésbica: formaríamos um belo casal...
18 novembro 2005
Registro
Registro pra audiência ultramar do blog. Nem completou um dia e já tem posts da Suíça e da Inglaterra... Como dizem os turcos, obrigado belo breferência!
O outro jogo
Aliás, pouca gente se lembra que a Série B também tá no fim. A preliminar da final do Brasileirão é sábado, no Olímpico. Tenho meu palpite: Grêmio 1 x 2 Santa Cruz. Não é provocação! Podem me cobrar depois...
Se até a Thaise, gremista doente, admitiu que o Grêmio pode não ganhar, então a coisa tá feia mesmo...
Se até a Thaise, gremista doente, admitiu que o Grêmio pode não ganhar, então a coisa tá feia mesmo...
Semelhança
Ainda o ensino
Continuando a saga pelo ensino: hoje, a pauta é sobre reajuste da mensalidade. Inclui um quadro informando os reajustes e os valores no principais colégios particulares de Santa Maria. Imaginem a alegria dos diretores em passar esses números pro jornal...
É o tipo de pauta potencialmente explosiva. Tu ficas vários dias esperando alguém ligar pra reclamar...
É o tipo de pauta potencialmente explosiva. Tu ficas vários dias esperando alguém ligar pra reclamar...
17 novembro 2005
Mulher tagarela
Bah, e hoje eu quase matei uma mulher numa pauta. Era diretora de uma escola. Ela falava 5,6 mil palavras por minuto (e isso que a pessoa que eu tinha que ouvir não era ela). Muito mala. Não dava nem brecha pra fazer alguma pergunta. Impressionante...
A pauta era sobre uma fonoaudióloga que ajuda alunos "pobrinhos". Tava escrito assim na pauta que me passaram.
A pauta era sobre uma fonoaudióloga que ajuda alunos "pobrinhos". Tava escrito assim na pauta que me passaram.
Que coisa...
E o Zveiter disse que não vai punir o Gustavo Nery pela piscadinha no jogo contra o São Caetano... Só falta vestir a camisa e ir pra área cabecear contra o Inter
Grosso é pouco
Começando
Agora, sim. Depois de alguns "pobremas" técnicos, dá pra começar a escrever alguma coisa...
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