09 outubro 2008

O post é longo mesmo...

Bueno, não sou vidente nem economista, mas posso dar meu pitaco sobre esta crise. E digo que parecer ser a segunda pior da história, abaixo do crash da Bolsa de Nova Iorque em 1929 e dos períodos de guerra, claro.
Por que eu digo isso? Pelas circunstâncias, ora. Em 1929, a quebradeira foi generalizada e pelo menos 10 anos foram consumidos na recuperação – isso nos EUA. Todo mundo que leu um livro de história no colégio lembra que, por aqui, os produtores de café queimavam sacas na tentativa de derrubar a oferta e o prejuízo.
O que acontece agora? Estatização de bancos. Na Islândia, envolveu o maior do país – espécie de BB deles. Nos EUA, rola um pacote bilionário de socorro, o que em linguagem menos polida significa esmola diante da incompetência – do governo Bush e dos banqueiros, sejamos justos. Aqui, só agora o governo torra dólares para segurar o câmbio. Alguém quebrou? Ainda não.
Sobre outras crises, vale falar de duas – e ver como agora a situação é bem mais difícil de ser contornada.
Em 1869, dois empresários (Jay Gold, um dos pais do capitalismo americano e dos maiores falcatruas de sempre, e Jim Fisk) quebraram a Bolsa de NY especulando contra o preço do ouro. Quase foram linchados (verdade!) pela multidão porque a brincadeira causou muitas falências. Mas a vida continuou, ainda que com outros crashs de importância (1873 e 1893).
Mas em 1908 veio outro pior, talvez pouco abaixo do de hoje. A diferença: como não havia BC nos EUA (o FED), chamaram um banqueiro de 70 e poucos anos que trabalhou quase 20 horas por dia, por mais de 15 dias, até assentar a poeira. Conseguiu. O nome dele: J.P. Morgan, o melhor entre uma família de banqueiros com quase 200 anos – àquela época – no ramo.
Ok, agora a coisa é globalizada. Mas bem que poderia ter alguém de reconhecida competência para centralizar as ações e limpar essa bagunça toda. Bueno, não será desta vez porque o mercado ficou muito maior do que as pessoas. E ironia é que elas acabam pagando o pato.

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