20 março 2006

Opção 1

É doloroso ser eliminado em alguma coisa, ou ter a perspectiva de que isso irá acontecer. E viver essa sensação ao som da banda Calypso, então, o que dizer? O Juventude deve saber a resposta, depois do que passou no sábado, em Veranópolis. O time empatou em 1 a 1 com o Veranópolis Esporte Clube (VEC) e encaminhou a saída do Gauchão. Isso só não acontecerá se houver um milagre no próximo domingo (veja quadro).
Com ou sem Calypso, que dominou o sistema de som do estádio durante quase todo o intervalo, saiu da boca do técnico Paulo Henrique, do Veranópolis, uma curta definição para o empate.
– O VEC acabou eliminando o Juventude. Para nós, serve de alento – afirmou o treinador.
O curioso é que ele falou antes mesmo do empate do Grêmio, ontem, resultado que encaminhou de vez a Chave 2 do Gauchão – tudo indica que haverá Gre-Nal na decisão.
Em Caxias do Sul, a situação deve ser vista com preocupação. O alviverde mostrou precisar de reforços urgentes para o Brasileirão, e a boa notícia para a papada é que eles estão vindo. Tanto que o técnico Hélio dos Anjos admitiu ter cinco ou seis contratações encaminhadas.
Menos mal para o Juventude é que o confronto de sábado engatilhou vaga para a Copa do Brasil – bastará um empate com o Santa Cruz, em casa, na última rodada da segunda fase.
O jogo com o VEC foi equilibrado e, com o perdão da redundância, teve dois tempos distintos. No primeiro, o time da casa tomou a iniciativa e conseguiu vantagem sobre um Juventude sonolento (o primeiro chute do alviverde só aconteceu aos 18 minutos).
O gol do Veranópolis veio aos 25: Leandro Rodrigues mandou passe rasteiro para Guilherme. Na entrada da área, ele deu uma bela janelinha no zagueiro Marcelo Ramos e tocou com categoria, na saída de André. Um gol que valeu o ingresso.
O Juventude só melhorou com a entrada de Éder Ceccon no lugar do participativo Marco Antônio, que saiu lesionado, antes do fim da primeira etapa. O substituto mostrou que tem estrela, ao completar para as redes uma tentativa de Samuel, aos 10 minutos do segundo tempo: 1 a 1.
Àquela altura, era o Juventude que mandava no jogo. E assim foi até o final, fora uma ou outra tentativa do VEC. O alviverde teve chances para definir a fatura, mas ficou nos detalhes. Como aos 40, quando Ceccon cobrou falta e acertou a trave, e aos 46, em um tijolaço de Hugo que o goleiro espalmou – no rebote, Zé Rodolpho quase marcou.
Aí é que esteve o problema do Juventude: o quase. Mais uma vez, a tendência é que repita a escrita que se mantém desde 2002 e quase chegue à final do Gauchão. Que venha agora o Brasileirão.

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